Tocar um instrumento ou falar outro idioma pode retardar início da demência
Pesquisadores descobriram que músicos e bilíngues têm cérebros mais eficientes do que pessoas que não sabem tocar um instrumento ou falar outro idioma. As descobertas, publicadas na quinta-feira (17) no periódico Annals of the New York Academy of Sciences, sugerem que indivíduos com cérebros mais funcionais ainda podem retardar o início da demência.
O estudo analisou os cérebros de 41 jovens adultos entre 19 e 35 anos, que se encaixam em três categorias: não-músicos que falam inglês, músicos que só falavam inglês e bilíngues que não tocavam instrumentos musicais. As imagens cerebrais de cada participante foram capturadas enquanto eles identificavam se o som que ouviam eram semelhantes. Sons de instrumentos musicais, do ambiente e de seres humanos estavam entre os utilizados no estudo. Os participantes também foram solicitados a identificar se o que ouviam vinha da mesma direção do ruído anterior.
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Os músicos lembraram o tipo de som mais rápido que os outros grupos, enquanto os bilíngues e músicos tiveram melhor desempenho na tarefa de locação. Os bilíngues tiveram mais ou menos o mesmo desempenho que os indivíduos que falavam apenas um idioma e não tocavam um instrumento musical para lembrar o som, mas ainda mostravam menos atividade cerebral ao completar a tarefa.
"As pessoas que falam duas línguas podem levar mais tempo para processar os sons, pois as informações são executadas em duas bibliotecas de idiomas e não apenas em uma", diz Claude Alain, professor associado do Instituto de Ciências Médicas da Universidade de Toronto, no Canadá, e principal autor do estudo. "Durante esta tarefa, os cérebros dos bilíngues mostraram maiores sinais de ativação em áreas que são conhecidas pela compreensão da fala, apoiando esta teoria."
Ainda de acordo com Alain, os resultados sugerem que as pessoas que têm menos atividade cerebral para completar a tarefa têm um cérebro mais eficaz e rápido e isso poderia evitar uma queda cognitiva no futuro. "Essas descobertas mostram que músicos e bilíngues exigem menos esforço para realizar a mesma tarefa, o que também poderia protegê-los contra o declínio cognitivo e retardar o início da demência.”
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