Ansiedade ajuda a memória, mas se for intensa pode causar lembranças ruins

Ninguém gosta de se sentir ansioso, mas para olhar o copo meio cheio (e não meio vazio), pesquisadores da Universidade de Waterloo, no Canadá, descobriram que a ansiedade pode ajudar a memória.

O estudo mostrou que níveis de ansiedade gerenciáveis ajudam as pessoas a se lembrarem de mais detalhes dos eventos que acompanharam.

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Por outro lado, os cientistas notaram que quando os níveis de ansiedade se elevaram demais ou acabam se transformando em medo, as pessoas começaram a assimilar experiências neutras de um evento como um sentimento negativo.

“As pessoas com alta ansiedade têm que ter cuidado”, disse Myra Fernanfes, co-autora do estudo. “Até certo ponto, existe uma relação ótima entre ansiedade e a melhora da memória, mas sabemos que altos níveis de ansiedade podem levar a pessoa a atingir um ápice e afetar as memórias e o desempenho”, completa.

Para chegar a essas conclusões, 80 alunos da graduação foram voluntários do estudo. Metade participou de um grupo de instruções de codificação profunda, enquanto os outros foram encaminhados para um grupo de codificação superficial. Todos completaram testes que determinavam as escalas de estresse, ansiedade e depressão.

Com as avaliações e análises, os cientistas concluíram que indivíduos com alta ansiedade relatam maior sensibilidade às influências do contexto emocional na memória, um processo que faz com que informações neutras sejam contaminadas pela emoção que a pessoa sentiu ao assimilar tal fato.

Assim, ao pensar em um evento negativo, quem sofre de altos níveis de ansiedade sentirá mentalidade negativa, que pode prejudicar ou mudar a forma como a pessoa percebe o ambiente.

Para pensar na prática: ao ensinar a matéria, professores teriam que manter um clima agradável e animar o ambiente, para que no momento de ansiedade, como na prova, o aluno tenha uma lembrança feliz e não uma assustadora, que poderá travar suas respostas e o deixar deprimido só de lembrar.

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