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Cigarro de sabor é preferido dos jovens; veja como ele afeta o corpo

Jovens preferem cigarro com sabor para começar a fumar - Getty Images
Jovens preferem cigarro com sabor para começar a fumar Imagem: Getty Images

Do VivaBem, em São Paulo

22/11/2017 14h23

O STF (Supremo Tribunal Federal) irá julgar hoje se a indústria do cigarro poderá continuar incluindo sabores em seus produtos. Em 2012, a Anvisa proibiu a inclusão dos aditivos, mas a medida nunca chegou a vigorar. A CNI (Confederação Nacional da Indústria) questionou a constitucionalidade da resolução, que foi suspensa por uma liminar em 2013.

História dos cigarros flavorizados

Na década de 60, as propagandas estimulavam os jovens a começarem a fumar, independente do gosto amargo do cigarro. Com a proibição dos anúncios, a indústria resolveu colocar aditivos e sabores no cigarro para atrair esse público.

Um estudo do Centro de Estudos sobre Tabaco e Saúde da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) mostrou que 56% dos jovens brasileiros preferem os cigarros com sabor (menta, cravo, canela, cereja, baunilha e etc) ao tradicional.

A indústria está ciente disso. Prova disso é que, de acordo com um relatório da ONG ACT Proteção à Saúde, entre 2012 e 2016, houve aumento de 1.900% nos registros de cigarro com sabores no Brasil.

Muitos jovens optam pelos flavorizados por ainda existir um mito de que eles seriam menos prejudiciais à saúde. No entanto, eles causam os mesmos problemas que o cigarro tradicional.

Com sabor ou não, o fato é que fumar impacta negativamente o corpo todo --e não traz nenhum benefício. O VivaBem te mostra como o cigarro afeta a saúde:
  • 50 doenças diferentes no corpo todo

Fumar não afeta apenas o pulmão. O cigarro pode causar 50 doenças diferentes no organismo. Uma das áreas mais atingidas, inclusive, é a boca, porta de entrada das sustâncias tóxicas presentes no produto. Fumar modifica o hálito, irrita a gengiva, facilita o surgimento de cáries e altera as papilas gustativas, afetando o paladar. O risco de desenvolver câncer de boca também aumenta.

  • Degeneração do pulmão

As substâncias tóxicas modificam os tecidos dos pulmões e fazem com que eles percam a elasticidade, provocando uma degeneração. Resultado? Problemas como bronquite, doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) e câncer. O Inca estima que o tabagismo é responsável por 85% das mortes causadas por bronquite crônica e DPOC e 90% dos casos de câncer de pulmão.

  • Coração e a circulação também são prejudicados

Fumar diminui a espessura dos vasos sanguíneos, faz com que o corpo absorva mais colesterol, reduz a concentração de oxigênio no sangue e eleva a pressão arterial e a frequência cardíaca. Isso aumenta significativamente o risco de desenvolver hipertensão, aneurismas, tromboses, varizes, infartos e angina. De acordo com o Inca, 25% das mortes por doença coronariana e 45% das mortes por infarto agudo do miocárdio em pessoas com menos de 65 anos são causadas pelo cigarro.

  • Cérebro, fígado e estômago também são afetados

Os vasos comprimidos, a qualidade de sangue prejudicada e o aumento da pressão arterial podem levar a um derrame cerebral. A nicotina e outras substâncias tóxicas presentes no cigarro são metabolizadas pelo fígado e pelo estômago, o que pode causar gastrite, úlcera e até mesmo câncer.

  • Muito além do câncer de pulmão...

O tabagismo está relacionado ao desenvolvimento de câncer de pulmão, boca, faringe, estômago, pâncreas, fígado, rim, bexiga, colo de útero e de leucemia. Para se ter uma ideia da dimensão do problema, 30% das mortes decorridas por esses tipos de câncer (tirando o câncer de pulmão) são causadas pelo tabagismo. Já nos casos de câncer de pulmão, o tabagismo é responsável por 90% dos casos da doença, causando 1,4 milhões de morte anualmente no mundo.

  • Quem convive com o fumante também sofre...

Os fumantes passivos têm um risco alto de desenvolver câncer de pulmão, infarto do miocárdio e até ter alterações na gestação, entre outros problemas de saúde. A estimativa é de quem convive com fumantes têm um risco 30% maior de desenvolver câncer de pulmão e 24% maior de ter infarto. Segundo dados da OMS, aproximadamente dois bilhões de pessoas são vítimas do fumo passivo no mundo. Destas, 700 milhões são crianças, que sofrem com maior incidência de bronquites, pneumonia e infecções de ouvido, entre outras doenças.

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