Células do nariz podem ajudar a diagnosticar câncer no pulmão
Um dos motivos que fazem do câncer de pulmão o mais mortal é o diagnóstico tardio. Em 2011, um estudo feito com mais de 50 mil participantes mostrou que, quando a doença é descoberta precocemente, o risco de morte entre fumantes cai 20%.
Felizmente, os cientistas estão cada vez mais próximos de um meio eficaz para identificar a doença mais rápido.
Pesquisadores da Boston University School of Medicine observaram tecidos do nariz para ver se a exposição à fumaça do cigarro pode causar alterações genéticas. Publicado no periódico “Journal of the National Cancer Institute”, o estudo analisou o nariz de mais de 500 pacientes que já tinham suspeitas de nódulos, para ver se as células nasais podiam ajudar a predizer o câncer de forma não tão invasiva como uma biópsia.
Em um ano, os pesquisadores mediram a expressão gênica desse tecido e identificaram 30 genes que eram fortemente correlacionados à presença do câncer. Depois disso, eles parearam essa informação com estatísticas já existentes para prever a doença, olhando o histórico médico do indivíduo e o tamanho dos nódulos.
“Adicionar informações sobre a expressão genética às estatísticas já usadas permitiu que nós detectássemos o câncer de forma não invasiva em 90% das vezes”, disse Avrum Spira, autor do estudo.
O teste consegue avaliar o nível de exposição as substâncias do cigarro e à poluição, dizendo se a pessoa já tem certa predisposição à doença. Medicamentos experimentais que reduzem o risco do câncer estão sendo testados para serem usados nessas pessoas. “Uma vez que sabemos para onde olhar”, disse Spira, “esses remédios e outras intervenções podem começar a salvar vidas.”
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