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Inspiração pra fazer da atividade física um hábito


Juju Salimeni: "Detestava ser tão magra, admiro o corpo da Gracyanne"

Antes e depois de Juju Salimeni, uma das musas fitness mais populares do Brasil, com mais de 12 milhões de seguidores no Insta - Arquivo Pessoal/Divulgação
Antes e depois de Juju Salimeni, uma das musas fitness mais populares do Brasil, com mais de 12 milhões de seguidores no Insta Imagem: Arquivo Pessoal/Divulgação

Juju Salimeni

Em depoimento para Juliana Vaz

24/10/2017 04h15

"Comecei a malhar aos 15 anos para mudar a relação que tinha com meu corpo. Dificilmente ganhava peso, não me sentia bem comigo mesma e detestava ser tão magra.

Eu e mais duas amigas nos matriculamos em uma academia de musculação do bairro e me apaixonei pela modalidade. Treinava seis dias por semana. Naquela época, não havia a facilidade de encontrar informações sobre alimentação como hoje, tão pouco tinha o acompanhamento de um nutricionista.

Foi o próprio professor da academia, que era fisiculturista, que me recomendou uma dieta. Minha mãe, que sempre foi minha parceira, preparava minhas refeições com carinho antes de ir para o colégio e antes de treinar.

Mudança da alimentação foi fundamental para transformar o corpo

Comecei a comer mais e fazer refeições de três em três horas. Mesmo sem ter fome, me forçava para seguir tudo conforme a dieta mandava até que fui me acostumando. Quem pensa que ganhar massa magra é mais fácil que emagrecer está muito enganado. O processo foi longo e exigiu muita paciência e disciplina.

Eu sempre fui persistente e focada, não ia a festas ou ingeria bebida alcoólica. Até hoje sou assim, nunca fiquei bêbada.

Só fui experimentar cerveja e champanhe recentemente, que é a única bebida que abro exceção e tomo um pouquinho durante algumas comemorações. Até hoje minha dieta é restrita, focada em desempenho atlético e acompanhada de perto por uma equipe de profissionais: nutricionista, endócrino e personal trainer.

Juju na época do programa "Pânico" - Reprodução/Pânico - Reprodução/Pânico
Juju na época do programa "Pânico"
Imagem: Reprodução/Pânico
Por volta de 2006, entre os 19 e 20 anos, é que fiquei feliz e orgulhosa com o resultado que via no espelho. Eu já trabalhava em eventos e feiras como modelo quando surgiu a oportunidade de fazer o teste para o programa “Pânico”, na Jovem Pan e na TV. Como panicat veio a fama e o interesse do público pelo meu estilo de vida.

Quando virei panicat, começaram os comentários maldosos

A maioria das pessoas que se aproximava de mim elogiava minha forma física e foi só ao criar os perfis nas redes sociais que comecei a receber comentários maldosos. Mas eles não me abalam em nada, são minoria e não dou importância para o que falam de mim.

Em 2012, estava me achando grande demais e mudei meus objetivos a fim de trocar gordura por mais massa magra. Nunca fui radical, aos poucos diminuí o consumo de carboidratos e mantive o mesmo tipo de treino. Eu sentia muita fome! E demorou quase três meses para que meu organismo se acostumasse com essa mudança.

Quando viajo, seja a trabalho ou lazer, procuro me hospedar em flats que tenham cozinha e refrigerador para que eu possa preparar e armazenar minhas refeições.

Em setembro, viajei para Las Vegas e desembarquei à noite. Fui direto ao supermercado fazer compras e às 2h da manhã estava lá cozinhando. É algo natural para mim, faço porque gosto e sinto prazer.

Hoje eu gosto do meu corpo como ele é

Hoje, aos 31, gosto muito de como estou, com 74 kg --com muito mais massa magra e 13% de gordura corporal. Detesto exercícios de cardio e faço escada ou transport duas vezes por semana só para manter o condicionamento, já que os exercícios com carga dão conta de queimar as calorias.

Por muitos anos mantive a prótese de silicone de 330 ml e decidi trocar por uma de 565, um tamanho mais expressivo e proporcional ao meu corpo atualmente. Mas ninguém nunca está completamente realizado, não é?

Minha maior musa é Gracyanne Barbosa --meu sonho é ter aquele corpo. Mas temos que respeitar nossas limitações.

Recebo muitas mensagens de mulheres dizendo que se inspiram na minha trajetória, que me acompanham e dizem que eram magrinhas também e começaram a treinar para ganhar massa ou que eram gorda e emagreceram. É muito gratificante receber esse carinho e impactar tantas pessoas por algo que fiz por mim. Nunca foi para agradar alguém."