Adolescentes que treinam devem fazer suplementação? Médico explica

O culto ao corpo chegou à fase mais complicada da vida, mas é preciso tomar cuidado com deficiência e excessos na alimentação. Enquanto a falta de nutrientes pode levar a lesões que podem interferir no crescimento do jovem, o uso errôneo de suplementos pode causar sobrecarga nos órgãos, isso sem falar nos efeitos de algumas substâncias em adolescentes que ainda são desconhecidos pela medicina.
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“Ao invés de performance, os jovens estão treinando para mudar a aparência e usam de tudo para acelerar o processo: creatina, beta alanina, vitaminas, whey”, disse Guilherme Giorelli, médico especialista em nutrologia, em palestra no 21º Congresso Brasileiro de Nutrologia. Mas apesar do medo que circunda o tema, Giorelli afirma que, se usada de forma inteligente e com supervisão médica, a suplementação em jovens que praticam exercício é muito bem-vinda.
“O importante é entender a pirâmide de quem pratica esporte. Na base está a alimentação. É dela que virão todos os nutrientes essenciais. Depois vem a alimentação voltada para a atividade física e, por último, a suplementação”, disse o médico. “E a suplementação não deve ser vista com maus olhos. Ela nada mais é do que uma vitamina, um mineral ou aminoácido concentrado e que é usado para prevenir doenças ou melhorar a saúde.”
Segundo Giorelli, o sinal é verde para suplementos de proteína e carboidrato. A Academia Americana de Pediatria, no entanto, não recomenda o uso de ergogênicos (cafeína, creatina, bicarbonato, oxido nítrico e beta alanina) nessa idade. “Até hoje não foram estudados os efeitos da creatina em crianças, por exemplo, mesmo os cientistas sabendo que ela está ligada à explosão muscular em adultos”, diz. “Além disso, a cafeína está relaciona a problemas intestinais e o uso de bicarbonato e beta alanina em excesso a efeitos anestésicos.”
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