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Saúde

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Vacinas de reforço têm eficácia de 80% contra formas graves da ômicron

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Imagem: iStock

Em Genebra

23/01/2022 09h23

A proteção das vacinas contra possíveis formas graves da covid-19 caiu para 50% com a variante ômicron, embora com doses de reforço essa porcentagem aumente para 80%, afirmou neste sábado a OMS (Organização Mundial da Saúde).

Em seu sexto relatório atualizado sobre a ômicron, a OMS diz que a nova cepa já foi detectada em 171 países em todo o mundo, e conclui que sua capacidade de escapar à imunização fornecida por vacinas ou anticorpos de pacientes recuperados contribuiu para sua forte transmissão mundial.

O risco na pandemia devido ao aumento da ômicron continua "muito alto", reitera o órgão, concluindo que a eficácia das vacinas contra formas graves da doença é principalmente preservada, embora não tanto contra a infecção.

Porém, não parece que os sistemas usuais de detecção de coronavírus, tanto os testes de PCR quanto os de antígeno, sejam menos eficazes com a ômicron em comparação com as variantes anteriores do coronavírus Sars-CoV-2, indica o relatório.

Além disso, também conclui que a ômicron tende a afetar mais o sistema respiratório superior, em comparação com variantes anteriores que atacavam o trato inferior, o que poderia contribuir para a predominância de casos menos graves.

No entanto, alerta a OMS, a subida acentuada de casos em todo o mundo tem levado a um aumento de internações e atendimentos em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) em muitos países.

A organização destaca que nas últimas semanas o progresso das infecções desacelerou ligeiramente: aumentaram 20% na segunda semana deste ano, enquanto na primeira subiram 55%.

A OMS diz que os tratamentos atuais contra casos graves de covid-19 continuam sendo eficazes em contágios com a ômicron, embora um tipo dessas terapias, aquelas que usam anticorpos monoclonais, possam ter diminuído sua eficácia.

O relatório é publicado em um momento de taxas recordes de casos diários no planeta: na última quinta-feira, quatro milhões de novos positivos foram confirmados no mundo, o número mais alto até o momento.