EUA amplia acesso a novo tratamento contra o Alzheimer

Autoridades sanitárias dos Estados Unidos autorizaram integralmente, nesta quinta-feira (6), um novo medicamento contra o Alzheimer, o que tornará o tratamento mais acessível por meio do sistema de cobertura de saúde federal.
O Leqembi, destinado a reduzir o declínio cognitivo, é autorizado para pacientes que ainda não atingiram um estágio avançado da doença. Ele havia sido aprovado em janeiro pela FDA , agência americana de medicamentos, por meio de um processo acelerado.
A análise de estudos adicionais permitiu, agora, a autorização total do medicamento, explicou a agência em comunicado.
Administrado por via intravenosa, o tratamento foi desenvolvido pela farmacêutica japonesa Eisai, em conjunto com a americana Biogen. Seu preço foi fixado em 26.500 dólares (130 mil reais) ao ano por paciente.
O sistema de cobertura de saúde federal Medicare, destinado a pessoas com mais de 65 anos, só cobria o custo do medicamento se o mesmo fosse administrado em testes clínicos, o que limitava o acesso ao mesmo. Com a autorização total da FDA, ele passará a ser "amplamente coberto", ressaltou Chiquita Brooks-LaSure, diretora da agência que administra o Medicare.
"Esta é uma grande notícia para milhões de pessoas em todo o país que vivem com essa doença debilitante e suas famílias", comemorou Chiquita. Vinte por cento do custo do medicamento, no entanto, terá que ser pago pelos pacientes, segundo o comunicado da FDA.
O Leqembi foi o primeiro tratamento a mostrar claramente uma redução do declínio cognitivo (de 27%) em um teste clínico. Sem curar o paciente, ele pode ajudar a atrasar a progressão da doença.
"As pessoas com a doença merecem ter a oportunidade de discutir e decidir, com seu médico e sua família, se o tratamento é adequado para elas", disse a presidente da associação de pacientes Alzheimer Association, Joanne Pike.
Outro tratamento contra o Alzheimer desenvolvido pela Esai e Biogen, o Aduhelm, foi o primeiro a ser aprovado pela FDA sob um processo acelerado, mas esta decisão foi criticada por especialistas, devido à falta de provas sobre a sua eficácia.
O grupo farmacêutico americano Eli Lilly também desenvolve um tratamento contra o Alzheimer que atua nas placas amiloides, que mostrou uma redução do declínio cognitivo.
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