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Sintomas, prevenção e tratamentos para uma vida melhor


Paris abandona máscaras ao ar livre e mundo supera 2,5 bilhões de vacinas aplicadas

Nos Estados Unidos, graças à campanha de vacinação, o número de mortes diárias caiu consideravelmente - Hannah Beier/Reuters
Nos Estados Unidos, graças à campanha de vacinação, o número de mortes diárias caiu consideravelmente Imagem: Hannah Beier/Reuters

17/06/2021 18h43

Paris, 17 Jun 2021 (AFP) - Os franceses puderam deixar, nesta quinta-feira (17), a máscara de lado nos ambientes ao ar livre, simbolizando a melhora da situação sanitária na Europa, enquanto Tóquio se prepara para suspender o estado de emergência a um mês das Olimpíadas.

Nos Estados Unidos, graças à campanha de vacinação, o número de mortes diárias caiu consideravelmente, o que permitiu um quase retorno ao normal na maior parte do país, especialmente na Califórnia e em Nova York, onde 70% dos adultos receberam pelo menos uma dose da vacina.

O número de vacinas fornecidas esconde uma forte diferença entre os países ricos, que em média aplicaram uma ou duas doses em 72 habitantes de cada 100, enquanto nos países pobres apenas 1 pessoa a cada 100 recebeu o imunizante, segundo a contagem da AFP baseada em dados oficiais.

E as disparidades também se espalham entre países onde variantes da pandemia estão circulando ativamente, naqueles que permanecem em menos risco por enquanto ou até mesmo em regiões especificas de um único país.

- Luzes e sombras na Europa -O número de mortes por covid-19 na Rússia depende da entidade que esteja contabilizando.

De acordo com o balanço diário do governo, já são 128 mil mortes por coronavírus (com necropsia realizada) e segundo a agência russa de estatística, que leva em conta outros critérios, o total ultrapassava 270 mil mortes no final de abril.

Ambos os balanços são mais altos do que o número de mortos do Reino Unido (128.000) e da Itália (127.000), os países mais enlutados da Europa.

A capital russa, Moscou, vive um forte surto por causa das variantes da covid-19, de acordo com especialistas.

Dos 12 milhões de habitantes da cidade, apenas 1,8 milhão estão vacinados. A Rússia seguiu um caminho oposto ao do Reino Unido, por exemplo, onde ocorreram 1.200 mortes diárias por covid-19 no final de fevereiro e chegou a um nível em que o número de mortes diárias está em torno de dez, graças a uma campanha de vacinação bem-sucedida e fortes restrições.

No entanto, o Reino Unido também está passando por um aumento inesperado de casos por causa das novas variantes. Na quinta-feira, ultrapassou os 10.000 novos contágios por dia, pela primeira vez desde fevereiro.

E em Portugal, as restrições voltaram na região de Lisboa.

Um otimismo cauteloso reina em outros países europeus.

Se o coronavírus continua a matar na França (45 mortes reportadas na quarta-feira), as contaminações estão em declínio acentuado (3.058 novos casos).

Na Disneylândia de Paris, Mickey e Pluto receberam seus primeiros visitantes nesta quinta, após mais de sete meses de fechamento.

"No território nacional, a epidemia está em declínio, está em vias de ser controlada", comemorou o ministro da Saúde francês, Olivier Véran.

O governo decidiu suspender a obrigação de usar máscara ao ar livre - e a multa de 135 euros que a acompanhava - em plena onda de calor e coincidindo com a Eurocopa de futebol.

A máscara continua obrigatória em ambientes fechados (espaços culturais, lojas, escritórios ou transportes públicos).

- Alerta no Paraguai -No total, a pandemia causou ao menos 3,83 milhões de mortes no mundo desde dezembro de 2019 e 177 milhões de casos, de acordo com as contagens feitas pela AFP.

Desse total, a América Latina e o Caribe somam 1,2 milhão de mortes e mais de 35 milhões de casos. Nas últimas 24 horas, o Brasil foi o país do mundo que mais registrou mortes por covid, com 2.997, seguido da Índia e da Argentina, com 646.

São números globais, mas em relação à população, outro país da região, o Paraguai, registra situação de alerta após afrouxar as restrições. Seus hospitais estão lotados e faltam vacinas, contam especialistas.

O Paraguai, com 7,3 milhões de habitantes, já ultrapassa 400 mil casos e 11 mil mortes, e nas últimas duas semanas se tornou o país com a maior taxa de mortalidade do mundo, com 24,79 mortes a cada 100 mil habitantes, segundo balanço da AFP.

A situação também desperta preocupação na África, onde a pandemia "está se expandindo e acelerando" devido às variantes, alertou a Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta quinta-feira, pedindo uma aceleração da vacinação.

- Japão se prepara para fim do estado de emergência -No Japão, a quase um mês da abertura dos Jogos Olímpicos de Tóquio, o primeiro-ministro Yoshihide Suga confirmou nesta quinta-feira que o estado de emergência será suspenso no domingo na capital e em outros departamentos do país, ainda que as restrições sejam mantidas até 11 de julho, principalmente para bares e restaurantes, que continuarão fechando no início da noite.

O Japão fornecerá aos seus cidadãos um passaporte de vacinação a partir do próximo mês, de acordo com o governo.

No entanto, o governo manterá restrições importantes na capital que, se continuarem em vigor, limitarão notavelmente a presença do público local no evento olímpico programado para 23 de julho a 8 de agosto.

- Planos de recuperação aprovados -No plano econômico, a Comissão Europeia aprovou nesta quinta-feira o plano de recuperação da Grécia, que será financiado pelo empréstimo comum europeu destinado a mitigar o impacto econômico da pandemia.

Atenas receberá 30,5 bilhões de euros da UE ao longo de vários anos.

Na quarta-feira, Portugal e Espanha foram os primeiros países a receber o sinal verde de Bruxelas para os seus planos de estímulo.

A Espanha, um dos países mais afetados pela primeira onda da pandemia, deve receber cerca de 140 bilhões de euros.

A crise gerada pela pandemia será sentida por muito tempo. Nesta quinta-feira, autoridades dos aeroportos europeus disseram que levará mais de 10 anos para se recuperar do impacto do coronavírus.

Por sua vez, os Estados Unidos anunciaram US$ 3,2 bilhões para pesquisa e desenvolvimento de tratamentos antivirais para combater o covid-19 e outras ameaças.