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Variante indiana é 60% mais contagiosa, afirmam autoridades britânicas

Variante indiana do coronavírus já é dominante no Reino Unido - Divulgação
Variante indiana do coronavírus já é dominante no Reino Unido Imagem: Divulgação

11/06/2021 10h15Atualizada em 11/06/2021 10h26

Londres, 11 Jun 2021 (AFP) - A variante Delta do coronavírus, identificada inicialmente na Índia e dominante no Reino Unido, é 60% mais contagiosa que sua antecessora, Alfa, afirma um estudo publicado hoje, antes de o governo britânico anunciar uma decisão sobre a suspensão das últimas restrições.

O ministro da Saúde britânico, Matt Hancock, havia declarado recentemente que o percentual era de 40%.

Mas, de acordo com um estudo do Serviço de Saúde Publica da Inglaterra, foram detectados 42.323 casos no Reino Unido, 29.892 a mais que na semana anterior, desta nova cepa que já representa mais de 90% dos novos contágios.

"A variante Delta se associa com um risco aproximadamente 60% maior de transmissão no núcleo familiar em comparação à variante Alfa", identificada em dezembro no sudeste da Inglaterra e que provocou uma disparada de casos, que resultou em quase quatro meses de confinamento.

O estudo, no entanto, considera "encorajador" que este novo aumento não seja acompanhado por um aumento semelhante nas hospitalizações. Quase mil pacientes com covid-19 estão atualmente internados em hospitais britânicos.

"Os dados indicam que o programa de vacinação continua a mitigar o impacto desta variante nas pessoas que já receberam duas doses da vacina", afirmou o organismo.

Embora a vacinação "reduza o risco de caso grave da doença, não o elimina", ressaltou Jenny Harries, diretora-geral da agência de segurança sanitária britânica.

O Reino Unido, país europeu mais afetado pela pandemia, com quase 128 mil mortes, iniciou uma campanha de vacinação em larga escala que em seis meses administrou uma das duas doses necessárias em mais de 77% dos adultos.

Após um longo confinamento durante o inverno, o governo começou a flexibilizar muito gradualmente as restrições. Mas a suspensão das últimas medidas, prevista inicialmente para 21 de junho, se vê ameaçada pelo recente aumento dos contágios, que superam 6.000 ou até 7.000 novos casos diários.

De acordo com o jornal "The Times", o governo de Boris Johnson está considerando adiar a última etapa em quatro semanas, uma decisão que deve ser anunciada na segunda-feira (14).