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A corrida para obter vacinas suficientes na América Latina

pedrosala/iStock
Imagem: pedrosala/iStock

27/11/2020 09h37

Enquanto aguardam que vacinas candidatas completem os ensaios e passem nos testes de segurança, os países latino-americanos aceleram as negociações e acordos para obter milhões de doses que cubram ao máximo suas populações.

Até agora, este é o panorama:

Argentina

Tem acordos prévios que vão abranger 28 milhões de pessoas, independentemente de serem vacinas de uma ou duas doses. A Argentina tem 44 milhões de habitantes.

Além de produzir a vacina Oxford/AstraZeneca junto com o México para distribuição em toda a região exceto Brasil, o governo anunciou a compra de 25 milhões de doses da russo Sputnik V.

Brasil

Com 212 milhões de habitantes, possui acordos bilaterais e também aderiu ao Covax, mecanismo da OMS.

O governo federal firmou com a Oxford/AstraZeneca a compra e produção de doses para vacinar 65 milhões de pessoas no primeiro semestre de 2021 e outros 65 milhões no segundo.

O governo paulista assinou outro acordo com a Coronavac para 45 milhões de doses, mas por conta de rivalidades políticas entre o presidente Jair Bolsonaro e o governador João Doria, a vacina ainda não foi incluída nos planos do Ministério da Saúde.

Chile

Vários acordos foram assinados para imunizar seus 18 milhões de habitantes. O Covax garante 8 milhões de doses; Pfizer-BioNtech, 10 milhões.

Também reservou 14,4 milhões de doses da vacina AstraZeneca/Oxford e 20 milhões do laboratório Sinovac, na China. A campanha teria início no primeiro trimestre de 2021.

Colômbia

Negocia acordos com Pfizer, AstraZeneca, Janssen, Sinopharm, CanSino e o Serum Institute of India.

O país espera que o primeiro semestre de 2021 possa vacinar inicialmente 15 milhões de seus 49 milhões de habitantes: 10 milhões pelo mecanismo Covax e 5 milhões por compras bilaterais.

Costa Rica

O governo tem três acordos (Pfizer, AstraZeneca e Covax) que preveem a entrega no primeiro trimestre de 2021 de 6 milhões de doses para 3 milhões de pessoas em uma população de 5 milhões.

Cuba

Os institutos científicos estatais estão trabalhando em quatro projetos de vacinas denominados Soberana 01, Soberana 02, Mambisa e Abdala.

As autoridades esperam ter um deles e inocular toda a população no primeiro semestre de 2021.

Cuba tem experiência na obtenção de vacinas, já que fabrica 8 das 12 que utiliza em seu programa de imunização.

Equador

O Equador, com 17 milhões de habitantes, planeja vacinar cerca de 9 milhões de pessoas em uma primeira fase.

As autoridades anunciaram acordos com a Pfizer (2 milhões de doses) e AstraZeneca (5 milhões) com entregas progressivas em 2021, enquanto mantêm negociações com Novavax, Johnson & Johnson e Moderna.

Através do Covax receberá mais de 7 milhões de doses.

México

Assinou acordos com AstraZeneca, Pfizer e CanSinoBio no valor de 1,65 bilhões de dólares, que junto com o mecanismo Covax da OMS permitirá cobrir 116 milhões de mexicanos.

A entrega das vacinas começaria neste mês de dezembro, com os primeiros lotes da Pfizer e CanSinoBio. Nesse mês, até 2,6 milhões de pessoas poderiam ser vacinadas, mais 3,5 milhões de pessoas entre janeiro e fevereiro e 11 milhões de pessoas em março.

Panamá

Destinará 48 milhões de dólares para a compra de 4 milhões de doses da vacina Pfizer para vacinar 2 milhões de pessoas, quase a metade de sua população com duas doses por pessoa. Além disso, o Panamá aderiu ao mecanismo Covax.

Peru

Negocia com empresas farmacêuticas para vacinar 24,5 milhões de uma população de 32 milhões até 11 de abril de 2021.

Já possui 15 milhões de doses assegurados de convênios com a Pfizer (9,9 milhões) e o Covax (6 milhões).

Venezuela

Com a Rússia, concordou em receber 10 milhões de vacinas contra o Sputnik V até o primeiro trimestre de 2021. Também negocia com a China, embora não tenha dado detalhes. A campanha de vacinação terá início em abril.

Uruguai

O governo vai obter 1,5 milhão de vacinas por meio do Covax, para cobrir inicialmente 750 mil pessoas, dos quase 3,5 milhões de habitantes.