Marcas da vitória de Flávia

Após perder 59 kg, ela ficou com sobras de pele no corpo e vai passar por várias cirurgias para removê-las

Thamires Andrade Do VivaBem, em São Paulo
Gabo Morales/VivaBem

"Toda vez que olho minhas sobras de pele, fico orgulhosa"

Flávia Trigo era uma gordinha feliz e durante muito tempo não se incomodou com seus 118 kg. Porém, ela resolveu dar um fim na obesidade e fazer a cirurgia bariátrica quando foi viajar e o cinto de segurança do avião não fechou.

Depois de realizar a redução de estômago, a assistente de fotografia não demorou para perceber que também teria de passar por uma operação reparadora de pele. Quando o peso diminui, ela ficou com sobras de pele na barriga, nos seios, nos braços e nas pernas.

Apesar de querer se livrar dos excessos, não pense que Flávia sente vergonha deles. Muito pelo contrário. Considera cada centímetro de pele uma marca de sua vitória. "Eu era gordinha e estava com tudo isso preenchido, e tive coragem de fazer essa grande mudança", fala a sergipana de 44 anos.

A primeira remoção que Flávia fez na barriga, e ela já planeja as próximas cirurgias. "Se eu já tinha grande autoestima antes da reparação no abdome, agora tenho muito mais. E logo vai sair também o que está sobrando no braço e no peito!"

As lembranças da batalha vão embora

Não pense que a retirada de tecido é só uma questão estética

Além de abalar a autoestima, o excesso de pele pode gerar infecções

A cirurgia de remoção de pele é indicada aos pacientes que emagrecem muito --com bariátrica ou naturalmente -- e acabam ficando com sobras de tecido, principalmente no abdome, nos seios, nos braços, nas coxas e no rosto.

Além da questão estética, essas sobras podem trazer prejuízos para a saúde física e mental. O excesso de pele tende a deixar a autoestima em baixa, complica a higienização do corpo e pode provocar dificuldades para andar, infecções e dermatites.

O excesso de pele acontece porque, quando a pessoa engorda, a pele estica para cobrir a área corporal que aumentou com o acúmulo de gordura. Só que, ao emagrecer, a pele não consegue se retrair da mesma maneira e fica toda flácida.

Nesse caso, é preciso buscar um cirurgião plástico para resolver o problema. Dependendo da condição de saúde do paciente, é possível realizar algumas cirurgias ao mesmo tempo, como a retirada de pele da barriga junto com a das mamas. No entanto, por conta de questões de segurança, muitos optam por fazer uma cirurgia de cada vez, como é o caso do médico de Flavia.

O que médicos recomendam sobre a cirurgia reparadora e Flávia fez

  1. 1

    Ter a liberação do cirurgião que fez a cirurgia bariátrica

  2. 2

    Esperar pelo menos um ano para buscar um plástico

  3. 3

    Conversar com o plástico sobre qual remoção fazer primeiro

  4. 4

    Respeitar a decisão do médico sobre não associar cirurgias

  5. 5

    Antes de operar, estar com o peso estabilizado

  6. 6

    Cuidar da alimentação e fazer exercícios para não engordar

Os tipos de cirurgia

Abdominoplastia

O primeiro procedimento escolhido por Flávia retira as sobras de pele da região do abdômen, que acabam formando a chamada "barriga de avental".

Mamoplastia

O excesso de pele é removido e as mamas são reposicionadas. Ao fazer essa cirurgia, algumas mulheres aproveitam para colocar próteses de silicone.

Contorno corporal

Também chamada de body lifting, corrige a flacidez de vários locais, como tronco, abdômen e pernas, e ajuda a delinear o corpo. Pode ser feita junto com a lipoaspiração.

Lifting dos braços

Elimina o excesso de tecido que prejudica a estética e até algumas atividades do dia a dia. A operação também é conhecida como dermolipectomia dos braços.

Lifting das coxas

A cirurgia remove as sobras de pele das coxas, que muitas vezes provocam assaduras e dificuldade de locomoção. Alguns chamam de dermolipectomia das coxas.

Lifting facial

O procedimento remove a gordura e pele flácida que caem ao redor dos olhos, bochechas e pescoço, suavizando rugas e rejuvenescendo o rosto.

O que mudou na vida de Flávia

E normalmente também muda na rotina de quem faz a reparadora

Arquivo pessoal Arquivo pessoal

Melhora na autoestima

A confiança de Flavia já tinha aumentado com o emagrecimento. E, ao remover o excesso de pele do abdome, ela começou a se sentir ainda mais bonita.

Arquivo pessoal Arquivo pessoal

Liberdade para se vestir

Apesar de dizer que sempre foi uma gordinha vaidosa e arrumada, Flávia hoje coloca um pedaço da barriga para fora ou um biquíni sem a menor vergonha.

Arquivo pessoal Arquivo pessoal

Deixar de se sentir gorda

Mesmo magra e com quase 60 kg a menos, a assistente de fotografia via aquele volume na barriga e tinha a impressão de que ainda continuava com muita gordura.

Paciência e planejamento são essenciais

Como o processo de recuperação não é simples, a pessoa precisa se preparar bem antes da cirurgia

Devido ao risco, o cirurgião plástico de Flávia não quis fazer mais de uma cirurgia ao mesmo tempo. "A barriga foi primeiro porque aquela pele caída era o que mais me incomodava. A próxima será o peito porque eu fiquei sem nada depois de emagrecer. Quem é mulher entende o quanto isso é ruim", conta.

Na sequência, Flavia pretende se livrar dos excessos dos braços e da perna, e não está nem aí para as cicatrizes do procedimento. "É tudo uma questão de pesar: você prefere a pele ou cicatriz? Eu prefiro a cicatriz até porque sei que dá para fazer uma tatuagem linda em cima ou usar micropigmentação para esconder."

Após realizar todas as remoções de pele, Flávia será uma nova pessoa por fora, mas garante que por dentro continuará tudo praticamente igual. "Devido à tamanha transformação, é claro que mudamos um pouco o comportamento. Mas minha essência seguirá a mesma. Serei a moleca de sempre, só que muito mais feliz!"  

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