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O único padrão é a saúde

Encarar obesidade como doença crônica e contar com acompanhamento médico é o primeiro passo para vida saudável

oferecido por Selo Publieditorial

Mais de um quarto da população brasileira adulta tem obesidade, é o que mostra o levantamento mais recente do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), referente a 2019. São 26,8% das pessoas acima de 20 anos com IMC (índice de massa corporal) acima de 30, que caracteriza obesidade - o índice, calculado pelo peso (em quilogramas) dividido pela altura (em metros) ao quadrado, é o padrão utilizado internacionalmente em pesquisas científicas. Entre os adolescentes, 6,7% têm a doença, o que é considerado preocupante porque a tendência é que a prevalência se mantenha na vida adulta.

É urgente olhar para a obesidade com atenção. Afinal, trata-se de uma doença crônica, caracterizada pelo acúmulo anormal ou excessivo de gordura, que desencadeia um processo inflamatório e um desequilíbrio geral no organismo, predispondo ao surgimento de outras doenças, como as cardiovasculares (leia o box "Doenças associadas à obesidade").

"O excesso de peso pode alterar a estrutura e o tamanho do coração, levando a um enfraquecimento no longo prazo. Além disso, o acúmulo de partículas gordurosas nas artérias do coração aumentam o perigo de infarto e acidente vascular cerebral", explica a cardiologista Aline Azevedo, do Rio de Janeiro. No Brasil, mais de 70% do total de mortes se deve a doenças associadas à obesidade, que também é fator de risco para complicações da Covid-19.

Há, ainda, o impacto na autoestima e na saúde mental. Crianças e adolescentes, principalmente, ficam mais suscetíveis a ansiedade e depressão, o que está ligado ao fato de se tornarem vítimas de bullying por causa do peso e da aparência. Nas mulheres, a obesidade aumenta o risco de infertilidade e complicações durante a gravidez, tanto para a gestante quanto para o bebê.

A obesidade é uma doença multifatorial, ou seja, é resultado da interação de fatores genéticos, metabólicos, ambientais e comportamentais. Justamente por ser complexa, o tratamento demanda uma abordagem multidisciplinar, podendo envolver endocrinologista, nutricionista, educador físico e psicólogo ou psiquiatra. Isso porque a melhor recomendação para alguém com obesidade dificilmente é apenas perder peso. Combinar mudanças no estilo de vida (alimentação, prática de atividade física e controle do stress) e uso de medicamentos é o tratamento mais eficiente na maioria dos casos.

Combater o preconceito direcionado a pessoas com obesidade é chave para estimular a busca por tratamento adequado para a doença em qualquer idade.

A causa da obesidade não pode ser reduzida à falta de disciplina e força de vontade para seguir bons hábitos; há causas genéticas e hereditárias envolvidas. A interpretação simplista de que pessoas com obesidade não têm autocontrole ou são preguiçosas só contribui para reforçar a estigmatização da doença.

Guilherme Renke, endocrinologista e médico do esporte

Magna Tobias dos Santos

Administradora e estudante de direito, de Suzano-SP

"Aos 46 anos, eu me olho no espelho e me sinto com 18, sem brincadeira. Eu me sinto bonita, com energia. Eu sempre fiz muita atividade física, saia da aula de step e ia pro jump; e por muitos anos tentei me adequar: já fiz todo tipo de dieta radical, sei o nome de todas de cabeça - e mesmo assim, voltava a engordar. Hoje meu IMC é 36,06 e eu faço check up semestralmente, eu quero ser saudável e não viver aprisionada no ideal de que ser magra é sinal de felicidade. Minha alimentação é equilibrada, sem os radicalismos que já fiz no passado, e sob orientação médica. Eu faço pilates várias vezes por semana e tem alunos que não têm a mobilidade ou flexibilidade que eu conquistei".

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