Apesar dessa evolução, o cardiologista André Feldman, professor do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia - USP, traz um alerta: é essencial que essas inovações sejam sempre associadas a um estilo de vida saudável para que o combate às diferentes doenças seja ainda mais eficaz."A causa de problemas cardíacos, por exemplo, a gente já conhece há bastante tempo, assim como a importância dos fatores de risco: diabetes, pressão alta, colesterol alto. O arroz e feijão que a gente tem que fazer hoje, no Brasil e no mundo, é controlar esses fatores. Não existe medida isolada", diz.
E esses problemas não são um risco só para a saúde do coração: o mau controle do diabetes também pode acarretar doenças da retina que levam à cegueira evitável, como é o caso do Edema Macular Diabético. Apesar de já existirem opções de tratamento para a doença - que ajudam a prevenir ou até a reverter a perda da visão -, o cuidado com o estilo de vida e acompanhamento regular com o médico continuam sendo essenciais para a qualidade de vida.
De acordo com uma pesquisa encomendada pela Bayer e realizada pelo Ibope, 84% dos brasileiros buscam uma rotina de autocuidado. Mas, ainda que a importância de certas atitudes pessoais seja reconhecidamente fundamental para a saúde, isso não significa que seja fácil. A mesma pesquisa aponta que, mesmo reconhecendo a importância do autocuidado e desejando incorporá-lo às suas vidas, apenas 1/3 dos brasileiros diz que consegue ter uma rotina que valoriza bons hábitos.
"É difícil manter a aderência a mudanças de estilo de vida", diz o cardiologista André Feldman, professor do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia - USP. Isso acontece, em parte, porque o que chamamos de estilo de vida é um conjunto de hábitos já arraigados. "O estilo é um hábito de anos e anos, às vezes décadas. E você aderir a um sistema diferente não é fácil", diz o cardiologista André Feldman.
No caso de sua especialidade, muitos avanços em medicamentos e exames têm colaborado para grandes resultados, diminuindo o acúmulo de placas coronárias e diminuindo muito o risco de infarto. Os tratamentos, por exemplo, têm ganhado novas indicações e combinações cada vez mais promissoras, chegando a reduzir em 24% o risco de eventos cardiovasculares maiores em pacientes com doenças arteriais - principal causa de óbitos no mundo.
Quando o autocuidado e a prevenção são combinados com essas inovações, os recursos são mais modernos do que nunca - e a qualidade de vida é o resultado lógico disso.
Por outro lado, mesmo sendo difícil colocar em prática o autocuidado, no ano passado, as pessoas passaram a entender ainda mais a necessidade desse processo. É o que explica Sydney Rebello, presidente da divisão de Consumer Health da Bayer no Brasil. "O autocuidado, nosso grande pilar estratégico em Consumer Health, se fortaleceu ainda mais no último ano, devido às mudanças na rotina e nos cuidados decorrentes do cenário de pandemia. Por isso, a gente continua se reinventando e trabalhando para oferecer produtos e ferramentas inovadores para estimulá-lo ainda mais", ressalta.