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Verônica Laino

Evite estes alimentos e reduza a oleosidade da sua pele

Reprodução/Rebecca Von Ommen
Imagem: Reprodução/Rebecca Von Ommen

Colunista do UOL

16/11/2021 04h00

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Você sabia que o que você come no dia a dia tem relação com a aparência da sua pele? Pois é, se você tem a pele oleosa, por exemplo, a alimentação desbalanceada pode piorar ainda mais o seu caso.

O foco da alimentação é evitar a hiperinsulinemia, ou seja, picos de insulina na corrente sanguínea, pois estes picos aumentam a produção de hormônios androgênicos, que por sua vez levam ao aumento da produção sebácea, deixando sua pele ainda mais oleosa.

Aqui temos que dar atenção para os alimentos com alto índice glicêmico e em grande volume. Isso porque um alimento até pode ter um alto índice glicêmico, porém, se consumido em pequena quantidade e balanceado com outros alimentos de baixo índice glicêmico, não vamos ter o pico de glicose no sangue e consequentemente o aumento da insulina.

Tapioca mata fome - Verônica Laino - Verônica Laino
Imagem: Verônica Laino

Então é importante sempre balancear a refeição para controlar estes índices. Por exemplo, se você vai consumir tapioca, que tem alto índice glicêmico, faça uma tapioca pequena e fina, acompanhada de ovo mexido ou frango desfiado e tomate picado. Desta forma, a proteína do ovo e a fibra do tomate vão fazer com que o carboidrato da tapioca seja absorvido de forma lenta e gradual.

Perceba que não precisamos excluir os alimentos de alto índice glicêmico, apenas balancear para evitar os picos. Então toda vez que for consumir carboidrato refinado como arroz branco, bolacha de arroz, pão branco, macarrão, tapioca, bolo, batata sem casca, biscoito, a regra é sempre consumir em pequena quantidade e sempre acompanhado de uma fonte de proteína e vegetais, assim você segura a velocidade com que o carboidrato será absorvido.

Petiscos processados, comida processada, besteira, porcaria, ultraprocessada - iStock - iStock
Imagem: iStock

Outro grupo de alimentos que vai piorar muito o aspecto da pele, pois aumenta a inflamação corporal, é o dos alimentos ultraprocessados, com gordura vegetal modificada, gordura saturada, feitos em fritura de imersão e ricos em açúcares. Nesta categoria entram os embutidos como peito de peru, presunto, mortadela, salame, bacon, linguiça, hambúrguer congelado, nuggets; refeições congeladas industrializadas como lasanha, pizza, kibe, torta; barrinha de cereal, biscoito recheado, bolo industrializado, balas, iogurte com sabor, leite fermentado, refrigerantes e sorvetes.

Todos estes alimentos devem ser excluídos do dia a dia e consumidos de forma bem rara, como uma vez por mês, por exemplo. Estes alimentos infelizmente não têm como balancear na dieta, como o carboidrato refinado, pois eles aumentam a inflamação subclínica que atinge a pele. Além de serem responsáveis pelo processo de glicação, que é a glicose excessiva ligada à proteína, altera as funções e aspecto da pele, inclusive das glândulas sebáceas que passam a produzir mais sebo, aumentando a oleosidade.

refrigerante; açúcar - iStock - iStock
Imagem: iStock

A OMS (Organização Mundial da Saúde) recomenda um consumo máximo de 12 g de açúcares na dieta, porém o brasileiro ingere, em média, 150 g. Só para você ter uma noção, um pote de iogurte com sabor tem adição de 17 g de açúcar, ou seja, já ultrapassa a recomendação. Muitas vezes as pessoas acham que não consomem açúcar no dia a dia pois elas não o acrescentam nos alimentos, mas esquecem que eles já foram adoçados pela indústria.

Outro ponto importante de lembrar é que os alimentos ultraprocessados também são ricos em corantes, aromatizantes, edulcorantes artificiais (adoçantes) e conservantes artificiais que muitas vezes agravam o problema, já que a pele oleosa é uma pele suscetível a ter alergias.

Alimentação balanceada - iStock - iStock
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Portanto, não tem saída, se você quer uma pele bonita e com a oleosidade controlada é preciso focar em uma dieta rica em alimentos antioxidantes como legumes, verduras e frutas, ter uma boa hidratação (o recomendado é consumir 35 ml de água por quilo de peso corporal), priorizar os grãos integrais, sementes e sempre balancear o carboidrato da refeição com proteínas magras.