Afinal, chocolate faz bem ou mal ao coração?

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Páscoa chegando e é quase impossível não se deparar com os ovos e produtos a base de chocolate que invadem as prateleiras de supermercados, padarias, lojas especializadas e até a internet. Quem navega pelas redes sociais é atingido nesta época do ano quase que diariamente por uma foto que desperta o paladar e a vontade de comer o doce. Mas chocolate faz bem para a saúde? E para o coração, traz riscos ou benefícios?
Ao que tudo indica, temos um aliado!
Um relatório apresentado pela Associação de Cardiologia dos Estados Unidos afirma que o chocolate ajuda a reduzir os riscos de ataque cardíaco e diminui a tendência de aderência das plaquetas na parede das artérias e obstrução dos vasos sanguíneos. Novas pesquisas também sugerem que o doce a base de cacau pode baixar a pressão arterial e o colesterol, prevenir o diabetes e melhorar a saúde dos vasos sanguíneos.
Há ainda um estudo de Harvard, publicado na revista HEART, que aponta que uma ou mais porções diárias de chocolate amargo reduz em 16% o risco de fibrilação atrial (batimentos descompassados e na maioria das vezes acelerados), tipo mais comum de arritmia cardíaca.
Flavonoides, um ponto a favor
Uma possibilidade para explicar essa relação benéfica é a presença significativa de flavonoides no chocolate - ou melhor, no cacau. Os flavonoides (compostos bioativos do grupo dos polifenóis encontrados em uma variedade de frutas e vegetais) têm poder antioxidante e ajudam, por exemplo, a baixar a pressão arterial, melhorar o fluxo sanguíneo para o cérebro e o coração, prevenir coágulos sanguíneos, combater o dano celular, além de estarem associados com a diminuição de inflamações e aumento do bom colesterol.
Porém, vale destacar: nem todos os chocolates encontrados no mercado são ricos em flavonoides. Isso porque a maioria dos produtos vendidos por aí são altamente processados, o que significa que grande parte dos flavonoides se perdem nesse caminho.
E se a quantidade de flavonoides não estiver descrita na embalagem, vale a regra: quanto maior o teor de cacau da barra, melhor é para a sua saúde. Sendo assim, prefira o chocolate amargo, que geralmente tem mais cacau e, portanto, mais flavonoides que o chocolate ao leite - além de menos gordura saturada também.
Quanto consumir?
Embora os estudos estejam cada vez mais próximos de confirmar esses benefícios do chocolate para a saúde, em especial ao coração, é importante ressaltar que o consumo deve ser em pequenas quantidades, uma vez que o chocolate contém gordura saturada e é rico em calorias proveniente do açúcar, que, em excesso, podem trazer efeitos muito nocivos à saúde, como o ganho de peso e outros problemas metabólicos.
Por isso, como praticamente tudo que consumimos, vale a regra: moderação! Existem maneiras de incluir o chocolate na alimentação mantendo as calorias e gorduras sob controle. Busque orientação, avalie os rótulos e procure a opção mais saudável.
Ainda não podemos comemorar...
Sabe-se que há a necessidade de mais pesquisas voltadas para o assunto, porque ao mesmo tempo em que o chocolate pode ajudar na saúde também traz riscos, principalmente para aquelas pessoas que já possuem problemas cardiovasculares, em que há a necessidade de evitar o produto.
A realidade, portanto, é que os pesquisadores e cientistas não chegaram ainda num consenso e conclusão dessa relação direta entre o chocolate e a saúde do coração. Ainda não está efetivamente claro porque o chocolate apresenta os efeitos descritos nessas pesquisas, apenas possibilidades e hipóteses. Também não se sabe qual seria a quantidade ideal a ser consumida para alcançar os benefícios desejados. Portanto, nesta Páscoa, nada de abusar na quantidade de chocolates, ok? Comer com consciência e prazer é a melhor opção.
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