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Elânia Francisca

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Nas interações no ambiente escolar, adolescentes experimentam intensidade

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Imagem: iStock

Colunista do UOL

30/09/2022 04h00

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A escola é um espaço de muitas interações sociais. Estudantes que têm uma rotina escolar de meio período frequentam a instituição de ensino por 20 horas semanais, já estudantes em período integral vão à escola, em média, de 30 a 50 horas semanais.

Isso sem contar com o número de pessoas com quem interagem diariamente. Entre colegas e professores, podemos pensar em um número acima de 30 pessoas, no mínimo, que dialogam com adolescentes no cotidiano escolar por dia.

Agora imagine essa intensa interação acontecendo numa fase da vida em que muitos hormônios estão gerando diversas mudanças em seus corpos.

Adolescentes quando estão no ambiente escolar podem experimentar muitas emoções e sentimentos intensos.

A menina pode chegar na escola com diversos planos de como tornar seu dia mais animado, mas em menos de uma hora algo pode acontecer e gerar alguma desmotivação.

Estar na escola, para além de aprender algum conteúdo como matemática, língua portuguesa ou ciências, é também treinar a convivência com quem é diferente de nós e aprender a lidar com nossos pensamentos e emoções diante de desafios.

Adolescentes, quando estão no espaço coletivo educacional, desenvolvem uma forma de interação que é complexa justamente porque entre tantas coisas para aprender precisam lidar com uma série de regras e combinados que muitas vezes não sabem como cumprir.

Para nós, pessoas adultas, há um desafio posto: estabelecer uma relação de escuta e acolhimento em casa para que quando adolescentes voltem da escola encontrem um ambiente menos rígido e mais seguro emocionalmente

É um exercício extremamente difícil, mas podemos nos propor a iniciar.