Os 3 primeiros e mais importantes passos para deixar o sedentarismo de lado
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Quando se fala em sedentarismo, o principal ponto a ser lembrado é que ele é um fator de risco para o aparecimento de diversas doenças, de leves a graves. É um fator que não deve ser ligado apenas ao peso: é muito comum pensar que uma pessoa obesa é sedentária, e um magro tem uma vida mais ativa. Mas essa conclusão é enganosa, já que é possível encontrar pessoas tanto obesas e ativas como magras e sedentárias.
O sedentarismo não tem peso. Mas ele pode levar ao ganho de peso pois provoca uma cadeia de feitos e efeitos: o indivíduo passa boa parte do dia realizando atividades que consomem pouca energia e acaba passando grande parte do tempo sentado, deitado, caminhando pouco (ou quase nada, se pensarmos em quem está no regime de home office), não se alonga, e mantém o gasto energético total baixo.
Digo "baixo" porque, independente de praticar uma atividade ou não, o sedentário ainda gasta uma cota de energia com atividades essenciais para a manutenção da vida, como manter o coração batendo, os pulmões funcionando, o corpo em alerta para impedir a entrada de qualquer agente nocivo que possa prejudicar nossa saúde e por aí vai. É o chamado metabolismo basal, que funciona de forma contínua e individual em todos nós.
O problema é que, além de não praticar atividades físicas, é comum vermos pessoas consumindo alimentos calóricos ao longo do dia —seja pelo ócio, pelo estresse do dia a dia de trabalho ou até por condições emocionais— e, assim, aumentar ainda mais o estoque de combustível do corpo. O resultado é o acúmulo de gordura, além de um possível processo inflamatório que prejudica a saúde como um todo.
Para combater o sedentarismo, é necessário, primeiramente, entender o que ele provoca: além do risco de doenças, provoca desgaste articular, dores físicas, insônia, alteração de humor e estresse. Para se livrar desse mal, o caminho é o seguinte:
1. Para começar, procure um profissional da saúde para fazer um checkup médico e saber a quantas anda a saúde do seu coração, das suas veias, artérias e atividade metabólica. Também para conferir os níveis de vitaminas, minerais, sinalizadores de inflamação e possíveis danos celulares. Isso será útil na hora de decidir qual planejamento será necessário realizar de agora em diante. Após isso, mantenha-se em contato com um nutricionista e um educador físico, mas estes entram nos próximos passos.
2. Mude sua alimentação aos poucos: é comum cair de cabeça em grandes mudanças, e isso ao longo dos dias se tornar algo insustentável, sendo um ponto de desistência da vida mais ativa e saudável. Para que isso não ocorra, mude aos poucos, comece pelo básico, como trocando o tipo de açúcar que utiliza, e só depois comece a reduzir até não usar mais. Troque as opções brancas pelas integrais, troque o refrigerante pelo suco e depois pela água, troque a soneca da tarde ou pós almoço por uma caminhada e ou sessão de alongamentos.
Sei que essa última parte pode parecer demais, 'como assim deixar meu descanso de lado?' Fato é que, se você se sente muito cansado ao longo do dia, sendo sedentário, a qualidade do sono pode não estar sendo satisfatória e a lei do menor esforço está vencendo dentro do seu cérebro. Ao incluir uma atividade física para sair do zero, mesmo que pequena, ao longo do dia e em meio a sua rotina, o seu sono começa a ser regulado, e ele estando regulado, faz com que a sua disposição ao longo do dia mude, se tornando cada vez mais fácil de se manter saudável e ativo dia após dia.
3. Organize-se: além de ter escolhido mudar sua rotina e incluir novos e melhores hábitos de alimentação e exercícios no seu dia a dia, é importante manter-se no plano. Para isso, evite adicionar muitas atividades —essas rotinas malucas, cheias de dificuldades e restrições, são difíceis de serem mantidas e acabam se tornando muito árduas. Se até ontem você era sedentário, comece aos poucos e seja consistente. Escolha algo que te faça bem hoje, que você consiga encaixar na sua rotina, sem que atrapalhe nas suas tarefas inegociáveis como trabalho e família. Estabeleça uma ordem de importância e significância para o dia a dia, aloque a atividade física em meio a um horário que será fácil para você manter. Organização e persistência trarão resultados, e não o imediatismo de fazer tudo de uma única vez e acabar desistindo no meio do caminho.
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