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Adriana Miranda

Aprendi muito sobre autoestima ao chegar na melhor idade

Adriana Miranda - Arquivo pessoal
Adriana Miranda Imagem: Arquivo pessoal

Colunista do VivaBem

20/11/2019 04h00

Sou de uma geração em que atingir uma certa idade era sinônimo de parar de aproveitar a vida, pois a sociedade delegava aos mais experientes poucos papéis. Algo talvez natural, já que tínhamos mais crianças e jovens que pessoas adultas ou idosas compondo nossa pirâmide etária.

Essa é uma realidade que mudou, estamos com uma população madura cada vez maior e chegar na casa dos 60 anos deixou de ser um indicativo de ostracismo. Pelo contrário, a aposentadoria e a descoberta da maturidade são motivos para se redescobrir: viajar, construir novos laços sociais e praticar exercícios regularmente.

Entretanto, para aproveitar o lado bom desse momento, estar bem consigo mesmo é fundamental. Envelhecemos, mas nossa mente continua jovem. Na mesma medida, alterações físicas provenientes dos anos acumulados não podem ser um atestado de limitações, isso só será verdade se você quiser!

Questões de autoimagem não podem contribuir negativamente nesse sentido: o aparecimento de rugas, a eventual perda dentária e outros fatores do envelhecimento precisam ser encarados como algo natural e não como tabus, principalmente porque em grande parte dos casos é totalmente possível contornar estes quadros.

Adriana Miranda - Arquivo pessoal - Arquivo pessoal
Imagem: Arquivo pessoal
Por exemplo, uma pesquisa realizada pela GSK Consumer Healthcare apontou que a perda dentária é um dos principais fatores associados à baixa autoestima na melhor idade, afetando, por exemplo, o afastamento entre o casal, a vida social, a autoconfiança, a vaidade e até mesmo o início de novos hábitos saudáveis. São dados que confirmam o quanto essas questões ainda são tabus que impactam negativamente o modo como as pessoas vivem. Em muitos casos, inclusive, elas deixam de tratar o problema por vergonha do que os outros irão pensar.

A melhor idade tem desafios que podem nos isolar socialmente, e esse é o pior dos mundos para quem quer passar por essa etapa de maneira ativa. Temos que encontrar motivos para sorrir e ser feliz.

Cada fase da vida traz adversidades e encantos próprios que nos fazem ter o autocuidado como uma constante. Quando estiver relutante em investir em algo que contribuirá com a sua qualidade de vida e autoestima, lembre-se da avidez da juventude de forma a não encarar as coisas como postas e imutáveis.

Ao chegar na melhor idade, aprendi que continuar com uma rotina ativa é o atalho para que a minha mente trabalhe a meu favor, os cuidados com o corpo são uma consequência desse exercício. A vaidade também é muito importante: por exemplo, não saio de casa sem maquiagem. Manter-me vaidosa contribuiu muito para minha autoestima, me fazendo ter vontade e ânimo para superar os sinais do tempo. E você, o que tem feito para viver ou alcançar a maturidade preservando a autoestima?

*Adriana Miranda (@adrianammiranda) é palestrante e, aos 63 anos, entusiasta da vida saudável e das atividades físicas. Está sempre em busca de segredos para ter mais disciplina, foco e determinação, para manter a saúde física e um estilo de vida leve e positivo.