Dieta do metabolismo rápido
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Quem deseja emagrecer normalmente está bastante ligado no funcionamento do metabolismo e em encontrar formas —e fórmulas! - para fazê-lo funcionar na maior velocidade possível. Assim, uma "dieta do metabolismo rápido" certamente angaria interessados. "No entanto, vale lembrar que não existem estudos sobre sua eficácia", alerta a nutricionista Mariana Del Bosco, jurada do Ranking das Dietas do VivaBem.
Entre as 26 dietas avaliadas no Ranking 2020, ela ficou em 14º lugar. Quer entender melhor? Veja detalhes de como ela funciona a seguir:
Como funciona a dieta do metabolismo rápido
A promessa é animadora, mas enfrenta descrédito entre os profissionais de saúde. Acelerar metabolismo com a alimentação é uma balela, nenhum estudo científico relevante comprova este efeito.
Ela não conta calorias, mas tem regras bem específicas: fazer cinco refeições ao dia, comer em até 30 minutos depois de acordar e consumir somente os alimentos permitidos pelo programa. O cardápio é dividido em três fases que duram dois ou três dias cada e são repetidas por 4 semanas (os tais 28 dias), cada uma com um grupo de nutrientes predominantes e uma recomendação de atividade física.
Alguns alimentos não são permitidos durante todo o período: milho e derivados, lácteos, soja, açúcar refinado, cafeína, álcool, frutas secas, suco de frutas e embutidos e demais carnes processadas.
Fases da dieta do metabolismo rápido
Fase um (segunda e terça-feira): muitos carboidratos e frutas.
Alimentos liberados: frutas e verduras no geral, massas, arroz e pães (de preferência integrais) aveia, quinoa, lentilhas, carnes magras e feijões.
Alimentos proibidos: todos os tipos de gordura, vegetal ou animal.
Atividade física indicada: um dia de exercícios do tipo "cardio", que promovem alta perda calórica, como aulas de dança, corrida, boxe e ciclismo.
Fase 2 (quarta e quinta-feira): muitas proteínas e vegetais
Alimentos permitidos: proteínas magras (de vaca, frango sem pele e peixe), ovos, couve, espinafre, aspargos, pimenta, cogumelos e outras verduras.
Alimentos proibidos: óleos e demais gorduras, grãos, leguminosas como o feijão, pães e massas, além de todas as frutas com exceção do limão e da lima da pérsia.
Exercício recomendado: ao menos um dia de fortalecimento muscular.
Fase 3 (sexta-feira, sábado e domingo): todos os itens anteriores + gorduras saudáveis e óleos
Alimentos que entram: todos os permitidos anteriormente e oleaginosas como as castanhas e amêndoas, azeite, gergelim, homus, leguminosas, abacate e coco.
Alimentos proibidos: os que estão banidos durante todos os 28 dias.
Exercício recomendado: uma atividade que reduza o estresse, como ioga, meditação e até mesmo massagem.
A dieta do metabolismo rápido é segura?
Segura até é, só não dá para comprovar sua eficácia. Suas premissas gerais são interessantes, como o pensamento de que comida é remédio e de que os alimentos integrais e naturais são mais saudáveis, além de evitar alimentos ultraprocessados e refinados. O problema é que ela sugere um esquema de revezamento que deve ser seguido à risca para que o tal benefício aconteça.
Uma vantagem é que no fim da semana, o plano alimentar é balanceado com ingredientes saudáveis e os nutrientes que precisamos ingerir, então não há risco para a população em geral.
Fora que, apesar de não fazer mal, pode desencadear compulsões e um comportamento que não é saudável com a comida. Toda dieta da moda tem uma duração limitada e, depois que ela acaba, o peso volta, pois ninguém aguenta seguí-la por tanto tempo.
A dieta do metabolismo realmente emagrece?
O provável emagrecimento rápido nesse caso é mérito da restrição calórica e não de alterações metabólicas provocadas por conta própria. A única coisa que comprovadamente aumenta o metabolismo com exceção de medicamentos é a atividade física.
Eliminar mais de 1kg por semana é considerado uma perda acelerada de peso, que passa ao organismo a mensagem de que o indivíduo está morrendo, então baixamos nosso metabolismo. Mas quando os 28 dias passarem, ela voltará a comer mais, provavelmente, e o organismo estará com a taxa metabólica baixa, o que dificulta a queima de calorias.
Reportagem: Chloé Pinheiro
Fontes: Carlos Werutsky, nutrólogo que coordena o Departamento de Atividade Física da Abran (Associação Brasileira de Nutrologia); Daniel Magnoni, nutrólogo do HCor (Hospital do Coração), em São Paulo; Henrique Suplicy, endocrinologista membro da SBEM (Sociedade Brasileira de Edocrinologia e Metabologia); Edvânia Soares, nutricionista da Estima Nutrição
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