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04/09/2004 - 14h14

Fonte de 1922 é reformada e reaberta no parque Independência

Renata Rebouças/Divulgação

A fonte da Independência, agorareformada e em funcionamento

A fonte da Independência, agora
reformada e em funcionamento

Da Redação

Fontes e chafarizes instalados na frente do Museu do Ipiranga, no parque Independência, em São Paulo, voltam a funcionar para o público como homenagem aos 450 anos da cidade e ao 7 de Setembro.

A reforma, que custou R$ 5 milhões --o dinheiro foi captado por meio de lei de incentivos estadual e com patrocínio do Banco Real--, reabriu a fonte da Independência, inaugurado em 1922 por ocasião do centenário da Independência.

O projeto de recuperação dos equipamentos foi projetado pela Farah Service e pelo Museu a Céu Aberto. O restauro ficou a cargo da Companhia do Restauro, sob a supervisão da Secretaria do Verde e Meio Ambiente e do Museu a Céu Aberto. O projeto também teve apoio da Secretaria Municipal de Cultura, do Departamento do Patrimônio Histórico (DPG) e da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET).

Além de ser considerado um marco histórico, o Parque Independência é tombado desde 1975.

Em uma área total de 184.830 metros quadrados, dos quais 3.870 metros quadrados são tomados por edificações, o local teve as fontes e chafarizes criados pelo urbanista Prestes Maia, que rebaixou o terreno em 14 metros e construiu os tanques ladeados pelos jardins franceses no estilo de Versalhes.

Construídos com fulget e granito, os equipamentos se encontravam em péssimo estado de conservação nos últimos anos.

As características arquitetônicas de 1922, apesar de mantidas, estavam prejudicadas por problemas nas instalações hidráulicas e na iluminação, que foram alteradas na década de 70 em comemoração ao sesquicentenário da Independência.

Segundo a Secretaria do Verde e Meio Ambiente, para que o chafariz e a fonte voltassem a funcionar, respeitando as características arquitetônicas da data de sua inauguração, o projeto de restauração, iniciado em setembro de 2003, teve minuciosas pesquisas históricas e iconográficas.

É que as mudanças realizadas na década de 70 foram removidas: os bicos dos elementos decorativos (vasos, peixes e carrancas) foram reativados, os jatos da vasca (o fundo dos chafarizes) foram reprojetados para uma altura baixa e todos os materiais dos elementos arquitetônicos foram restaurados, seguindo suas características originais.

Os chafarizes são inspirados em modelos franceses. O conjunto comporta 850 mil litros de água e é composto por uma grande piscina que, ao transbordar, leva água para 18 tanques, alinhados três-a-três, que fazem a água cair por gravidade em cascata de um tanque para o outro, para, em seguida, desaguar na maior das piscinas, onde há chafarizes que formam cortinas e canhões d'água.


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