Desperdício alimentar no turismo é maior do que se pensa, dizem cientistas
De acordo com pesquisadores da Universidade do Leste da Finlândia e da Universidade do Sul da Califórnia, nos Estados Unidos, existem grandes lacunas na maneira como os resíduos alimentares são entendidos e calculados.
O desperdício de alimentos de hotéis, restaurantes e eventos é de conhecimento geral e pode ser medido. Porém, as pesquisas não contemplam as novas e diversificadas modalidades de turismo, como a hospedagem via AirBnB, o couschsurfing ou viagens em motor-home. Ou seja, toda a comida desperdiçada nessas novas frentes acaba não entrando na conta geral do impacto.
Segundo os pesquisadores, essa lacuna pode sufocar esforços de sustentabilidade. Isso porque o foco na prevenção do desperdício de alimentos mira apenas os estabelecimentos tradicionais de serviços e acomodações e ignora a realidade das modalidades de turismo mais recentes.
Anualmente, cerca de 1,3 bilhão de toneladas de alimentos são perdidas, o que equivale de um terço até metade de todos os alimentos destinados ao consumo humano em geral.
Sabe-se que esse desperdício acontece em escala considerável em todas as novas alternativas de turismo, mas ainda existe pouca pesquisa sobre o assunto para estipular o quanto isso impacta o meio ambiente.
Segundo os pesquisadores, a redução abrangente do desperdício exige que suas fontes e quantidades sejam identificadas e que o descarte seja abordado. Além disso, é necessário estudar os fatores que levam ao desperdício de alimentos nas residências turísticas e barreiras existentes à sua redução.
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