Absinto lança brilho esverdeado sobre as mesas de bar na animada noite de Barcelona
Se decadência tivesse um endereço, o Marsella seria ele. Certamente não há falta de endereços para programas de fim de noite em Barcelona, mas com seu teto manchado de cor de caramelo por séculos de fumaça de cigarro, a luz fraca que tremula de seus candelabros elétricos ridiculamente ornamentados, este bar de quase 200 anos --considerado o mais velho de Barcelona-- parece mais fim de noite do que a maioria. Só que mais do que qualquer outra coisa, o Bar Marsella cria sua atmosfera com a bebida da casa: o absinto.
"Todo mundo pede", diz o barman Miguel. "Antigos clientes, estudantes, artistas passando fome, turistas." E, de fato, em uma noite recente por volta da 1 hora da manhã, a famosa bebida lançava seu brilho esverdeado sobre as mesas, ocupadas por desde um grupo de americanos ruidosos, em seu programa de estudos no exterior, até um homem solitário, debruçado sobre um copo. Obtido a partir de ervas e da planta absinto (losna), o absinto é forte, apesar das propriedades alucinógenas que lhe deram o apelido de Fada Verde, e a reputação de arruinar legiões de boêmios do fim do século 19, nunca foram comprovadas.
É difícil de acreditar que os muitos clientes do bar de fato gostem do sabor amargo de anis, mas o ritual de preparo do absinto é reconhecidamente agradável, e de alguma forma alivia a transição entre a refeição pré-meia-noite e a bebedeira e as baladas pré-6 horas da manhã que compõem a vida noturna de Barcelona. Os clientes colocam um pequeno garfo sobre a boca do copo, colocam um cubo de açúcar nele, despejam água sobre o cubo até dissolver e mexem.
O Marsella é um daqueles lugares que Hemingway supostamente adorava freqüentar (Hemingway está para os bares da Espanha como George Washington para as hospedarias na Nova Inglaterra). Sua localização em uma esquina onde as garotas ainda praticam a profissão que deu ao bairro --antes chamado de Barrio Chino; mais recentemente rebatizado de Raval-- sua reputação de luz vermelha apenas adiciona o atrativo decadente.
Bar Marsella. Carrer de Sant Pau, 65; (34-93) 442-7263. Aberto de segunda a quinta-feira das 23h às 2h30; sexta e sábado das 23h às 3h. Copo de absinto (mais cubo de açúcar) e uma garrafa de água, 5 euros, ou cerca de US$ 8 com o euro cotado a US$ 1,60.
Tradução: George El Khouri Andolfato
Uma vez por mês, música alta e pulsante dentro de um bonde que circula pela madrugada da cidade
À noite, o Parthenon brilha como uma jóia e o monte Lycabettus sedia animados clubes e bares da capital grega
A madrugada no mercado de Covent Garden mostra que a noite da capital britânica vai além dos clubbers e punks
Ao cair da noite, a cidade dá adeus ao estereótipo de certinha e permite que sua vida noturna floresça
Sem restrições de público, o Clärchens Ballhaus reúne de jovens modernos a casais de meia idade na capital alemã
No anoitecer da Cidade Luz, uma visita a um tradicional clube de bilhar, com direito a gin fizz e brandy
A beleza misteriosa da cidade italiana se acentua na madrugada, quando as ruas se tornam desertas e silenciosas
Na frenética Moscou do século 21, serviços 24 horas não faltam —e livrarias ofertam cultura aos notívagos
Na bela capital portuguesa, casas de fado mantêm a tradição reverberando música pela madrugada
"Todo mundo pede", diz o barman Miguel. "Antigos clientes, estudantes, artistas passando fome, turistas." E, de fato, em uma noite recente por volta da 1 hora da manhã, a famosa bebida lançava seu brilho esverdeado sobre as mesas, ocupadas por desde um grupo de americanos ruidosos, em seu programa de estudos no exterior, até um homem solitário, debruçado sobre um copo. Obtido a partir de ervas e da planta absinto (losna), o absinto é forte, apesar das propriedades alucinógenas que lhe deram o apelido de Fada Verde, e a reputação de arruinar legiões de boêmios do fim do século 19, nunca foram comprovadas.
É difícil de acreditar que os muitos clientes do bar de fato gostem do sabor amargo de anis, mas o ritual de preparo do absinto é reconhecidamente agradável, e de alguma forma alivia a transição entre a refeição pré-meia-noite e a bebedeira e as baladas pré-6 horas da manhã que compõem a vida noturna de Barcelona. Os clientes colocam um pequeno garfo sobre a boca do copo, colocam um cubo de açúcar nele, despejam água sobre o cubo até dissolver e mexem.
O Marsella é um daqueles lugares que Hemingway supostamente adorava freqüentar (Hemingway está para os bares da Espanha como George Washington para as hospedarias na Nova Inglaterra). Sua localização em uma esquina onde as garotas ainda praticam a profissão que deu ao bairro --antes chamado de Barrio Chino; mais recentemente rebatizado de Raval-- sua reputação de luz vermelha apenas adiciona o atrativo decadente.
Bar Marsella. Carrer de Sant Pau, 65; (34-93) 442-7263. Aberto de segunda a quinta-feira das 23h às 2h30; sexta e sábado das 23h às 3h. Copo de absinto (mais cubo de açúcar) e uma garrafa de água, 5 euros, ou cerca de US$ 8 com o euro cotado a US$ 1,60.
Tradução: George El Khouri Andolfato
Praga
Uma vez por mês, música alta e pulsante dentro de um bonde que circula pela madrugada da cidade
Atenas
À noite, o Parthenon brilha como uma jóia e o monte Lycabettus sedia animados clubes e bares da capital grega
Londres
A madrugada no mercado de Covent Garden mostra que a noite da capital britânica vai além dos clubbers e punks
Copenhague
Ao cair da noite, a cidade dá adeus ao estereótipo de certinha e permite que sua vida noturna floresça
Berlim
Sem restrições de público, o Clärchens Ballhaus reúne de jovens modernos a casais de meia idade na capital alemã
Paris
No anoitecer da Cidade Luz, uma visita a um tradicional clube de bilhar, com direito a gin fizz e brandy
Veneza
A beleza misteriosa da cidade italiana se acentua na madrugada, quando as ruas se tornam desertas e silenciosas
Moscou
Na frenética Moscou do século 21, serviços 24 horas não faltam —e livrarias ofertam cultura aos notívagos
Lisboa
Na bela capital portuguesa, casas de fado mantêm a tradição reverberando música pela madrugada
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