Esses cursos em SP vão te ajudar a preparar seu café da manhã orgânico
Com a tendência de fugir de produtos industrializados e apostar cada vez mais em orgânicos, montar um café da manhã praticamente produzindo tudo que vai a mesa está menos complicado do que você imagina. Em São Paulo, por exemplo, é possível encontrar cursos e oficinas que te ensinam a fazer desde o pão de fermentação natural ao queijo de castanha.
Esse movimento crescente tem muito a ver com o aumento da consciência dos consumidores, que passaram a se interessar mais pela origem e composição dos alimentos. "Ter mais exigência ao ler o rótulo tem a ver com o fato das pessoas quererem se libertar um pouco dessa indústria que é dominante", explica Katrin Warkentin, fundadora da LAUT. "As pessoas entendem cada vez mais a alimentação como um investimento em saúde. Isto vem da compreensão relativamente recente das áreas da saúde humana de que alimentos ultraprocessados e defensivos agrícolas são nocivos", completa Fernando Carvalhaes, sócio fundador da Fermentare Escola de Fermentação e da Companhia dos Fermentados.
Opinião que também é defendida por João Perez, gerente comercial do Coffee Lab: "A busca por informação é um avanço do consumidor. Essa busca por produtos orgânicos, naturais, é só o efeito colateral de várias ondas que aconteceram".
A capital paulista oferece muitas opções para quem quer "se libertar" da indústria e busca essa reconexão orgânica. Pensando na mesa do café da manhã, considerada a refeição mais importante do dia, separamos alguns lugares na capital paulista que vão te ajudar nessa missão:
Levain Escola de Panificação
Inaugurada em 2013 por Rogério Shimura, a Levain Escola de Panificação é referência quando o assunto são cursos para os amantes do pão. Com diferentes níveis, desde iniciante até profissional, a escola te ensina a fazer pães de diferentes tipos, como o de Fermentação Natural (R$ 1.150,00), com o uso de Levain em pães rústicos, curso que conta com 20 horas aula, dividido em cinco dias. Para iniciantes na arte, também existe o módulo de Panificação Caseira (R$ 580,00), com oito horas de duração, onde o aluno aprende o processo de fabricação de pães caseiros, utilizando fermento biológico seco e batedeiras.
Vai lá:
Avenida Jabaquara, 2080 - Mirandópolis (local provisório)
Segunda a sexta das 9h às 17h
Mais informações pelo site.
Oficina - "Pain au levain"
De forma itinerante, a advogada e professora universitária Gabriela Neves Gallo, realiza a oficina "Pain au Levain" (R$ 200), em que ensina os participantes a fazer um pão rústico de fermentação natural. Com duração de aproximadamente 3 horas e meia, a oficina é totalmente prática ("mão na massa"), e cada participante faz seu próprio pão, além de levar pra casa uma isca "levain" para as próximas fornadas. Além disso, Gabi ainda faz um plantão de dúvidas de duas semanas via Whatsapp, algo que também tem servido para criar uma interação entre os alunos, já que muitos seguem com o grupo, mesmo depois que a professora se ausenta dele. A oficina mais recente foi realizada na Casa de Ramon Paladar, casa e cozinha do chef Richard Piccoli, no bairro de Campos Elíseos, em São Paulo, algo que segundo Gabi deve se repetir em breve.
Vai lá:
Os cursos são itinerantes, então é só ficar esperto no Instagram.
LAUT Gastronomia
A ex-diretora de planejamento estratégico Katrin Warkentin é quem comanda os cursos da LAUT, local que começou como um restaurante dedicado a culinária plant based e raw, com pratos feitos com vegetais e ingredientes crus, e que atualmente se dedica somente a cursos nesta área. O mais famoso deles é o de Queijo de Castanha (R$ 350). Com duração de quatro horas, os alunos aprendem a produzir o próprio queijo em casa e também a fazer cheesecake com o produto. No estilo "mão na massa", Katrin apresenta o queijo em três estágios: a castanha antes de fermentar, a castanha fermentada e a massa pronta para modelar. Além da parte técnica e teórica, o aluno também degusta queijos de castanha. Na LAUT também é possível aprender a fazer sopas que não vão no fogão, picles, vegetais desidratados e pratos principais, tudo seguindo a culinária plant based e raw.
Vai lá:
Rua Augusta, 1524, loja 48, Galeria Augusta Shops
Mais informaçõespelo Instagram.
Fermentare Escola de Fermentação
Fernando Carvalhaes e Leonardo Andrade comandam a Companhia dos Fermentados, que fornece produtos para diversos restaurantes de São Paulo como o Maní, da chef Helena Rizzo, e a Fermentare Escola de Fermentação, aulas que Fernando considera um "ativismo político", para levar conhecimento para as pessoas do que é uma conserva de verdade, "divulgação científica como instrumento de cidadania". Entre os cursos - presenciais e online, com quatro horas de duração -, existem dois módulos para se aprender a fazer kombucha, bebida milenar fermentada com qualidades probióticas: Kombucha Essencial Presencial (R$ 200), onde a pessoa vai aprender a fazer a primeira e segunda fermentação, uma bebida naturalmente gaseificada; e Kombucha Avançado (R$ 280), em que eles ensinam a produzir o kombucha alcoólico e receitas com a mãe do kombucha. Diferente dos refrigerantes industrializados, os Refrigerantes Naturais Selvagens (R$ 160) também são probióticos, com frutas, especiarias e outros microorganismos, não apenas os dos kombucha. Na Fermentare também é possível fazer cursos como: Vegetais em Conserva (R$ 160) e Levain: do fermento ao pão (R$ 160).
Vai lá:
Av. Diógenes Ribeiro de Lima, 1132, Alto de Pinheiros
Mais informações sobre cursos e horário pelo site da Fermentare
Coffee Lab
Idealizado por Isabela Raposeiras, vencedora do primeiro Concurso Nacional de Barismo do Brasil, Mestre de Torra e Q Grader (certificação internacional de degustação de cafés especiais), o Coffee Lab nasceu como escola em 2004 e com o tempo virou uma torrefação e depois cafeteria. É a maior escola de café de alta qualidade do Brasil, realizando cursos diariamente para pessoas de todo o Brasil. Segundo João Perez, eles só param nos dias 24, 25 e 31 de dezembro, e no dia 1º de janeiro. Além de treinamentos e consultorias para profissionais, apreciadores "amadores" de café podem buscar conhecimento por lá. Os cursos mais procurados são os de Barista Júnior (R$ 780, 12 horas de duração), para aqueles que são mais geek e querem se aprofundar em conhecimentos técnicos; e o de Café em Casa (R$ 280, seis horas de duração), voltado para o consumidor final, pessoas que amam café de qualidade e querem aprender a fazê-lo em utilizando diferentes métodos.
Vai lá:
Rua Fradique Coutinho, 1340 Vila Madalena
Todos os dias das 10h às 18h
Mais informações pelo site do Coffee Lab.
Casa Jaya
A Casa Jaya é um espaço eco-cultural que existe desde agosto de 2008 e, além de cursos, palestras e vivências multiculturais, também conta com o Nectare, um restaurante e lanchonete vegetariano. Pertinho do metrô Clínicas, o local oferece entre seus cursos o de Kefir, Iogurtes Vegetais e os Refrigerantes Probióticos (a partir de R$ 180). Todas as receitas são 100% vegetais, inclusive a do Kefir, bebida milenar fermentada cuja a base mais comum é feita com leite. Na Casa Jaya é possível aprender a fazer o Kefir com água, o aluno recebe colônias para produzir a bebida em casa. Entre os outros cursos oferecidos pelo local está o de Padaria Sem Glúten Vegana (a partir de R$ 190), dedicada a panificação sem glúten e lactose, com uma parte introdutória sobre intolerância e alergia ao glúten e leite.
Vai lá:
R. Capote Valente, 305 - Pinheiros
Segunda a sexta das 11h30 às 22h, sábado das 12h às 22h
Mais informações no site.
APACAME
Pensar em produzir o próprio mel em casa parece algo absurdo, mas é totalmente possível e a APACAME (Associação Paulista de Apicultores Criadores de Abelhas Melíficas Européias) é a prova disso. Ao longo do ano eles promovem cinco cursos de Apicultura (R$ R$ 200), que são ministrados no Apiário Escola da APACAME, em Santana de Parnaíba (a 30km de distância de São Paulo). São dois finais de semana de curso, sempre aos finais de semana, e o aluno aprende noções básicas da abelha, o que ela faz, sua produção, como ela é trabalhada e a colheita do mel. Segundo Radamés Zovaro, diretor técnico da APACAME e descendente de uma família que está há 103 anos na atividade, qualquer pessoa pode realizá-lo, recebendo uma orientação básica. Mas atenção, abelhas africanas não são aconselháveis a ter no quintal de casa, em áreas urbanas as mais recomendadas são aquelas nativas do Brasil como a Mandaçaia, Jataí e Manduri, por exemplo. "Essas você pode e deve ter em casa, porque a abelha tem um papel importantíssimo, 70% de todos os vegetais que você come, você só come porque tem abelha pra fazer a polinização", explica Radamés.
Vai lá:
R. Dona Germaine Burchard, 208 - Água Branca
Segunda a sexta das 9h às 17h
Mais informações no site.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.