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10 fatos sobre o verão europeu que dão saudades do verão brasileiro

Luiza Sahd

Colaboração para o Urban Taste, em Madri

26/02/2019 04h00

Quem conhece o verão brasileiro sabe que ele não é fácil, mas é preciso lembrar sempre do mais importante: ele é único.

A temporada de sol sempre alegra as pessoas ao redor do globo, mas o verão na gringa pode não ser tão promissor quanto parece nos filmes. Antes de embarcar para uma viagem no verão europeu, tome nota de alguns detalhes importantes para não se desapontar!

Praias polêmicas

O Brasil tem muitos defeitos, mas praia não é um deles. As praias brasileiras são muitas e para todos os gostos. Na Europa, existem praias lindas também, mas as que ficam próximas às metrópoles costumam deixar a desejar no quesito paisagem. Fora isso, muitas das belas praias do Velho Continente têm pedras no lugar de areia (e os banhistas precisam usar sapatilhas especiais ou se sujeitar a eventuais acidentes entrando ou saindo do mar).

Acabou a mamata

Se você vai a uma praia europeia que ainda não conhece, o ideal é levar água e comida suficiente para aguentar longas horas no sol. O mesmo serve para cadeiras e guarda-sol: poucas praias do continente têm a infraestrutura a que estamos acostumados -- e vendedores ambulantes praticamente não existem.

Cerveja estupidamente gelada?

A tal da cerveja que chega trincando à sua mesa em qualquer bar sujinho do Brasil é uma lenda no hemisfério norte. Na Europa, com sorte, ela chega "fresquinha" nos dias mais quentes (e, sim, pode ser que chegue literalmente meio quente para o nosso gosto).

Diga adeus à água de coco

Se você não é muito de cerveja e prefere se hidratar com uma boa água de coco no calor, a situação na Europa será muito pior do que a dos cervejeiros. As águas de coco que chegam ao continente são caras, podem ter um sabor esquisito e geralmente bem artificial. Não compensa o investimento.

Traje de banho

Em grande parte da Europa, as mulheres têm a libertadora vantagem de poderem praticar topless sem sofrer julgamentos ou assédio. Por outro lado, as partes de baixo de biquínis e maiôs cobrem a bunda inteira e deixam marcas de sol imensas e esquisitas para o nosso padrão.

Cidades fantasmas

Se você não é muito de praia e prefere continuar nas capitais durante o verão europeu, um bocado de coragem se faz necessária. Em primeiro lugar, as temperaturas podem ser enlouquecedoras em cidades como Roma, Lisboa, Paris e principalmente em Madri. Essa última fica tão deserta durante o mês de agosto que até lojas e restaurantes fecham, deixando os turistas na mão durante os dias de maior calor.

Ar-condicionado é luxo

No Brasil, sempre dizemos que ar-condicionado é privilégio de ricos. Na Europa, a coisa não é diferente -- com o agravante que muitos comércios também economizam na ventilação do ambiente. Sabe o velho truque de se enfiar no cinema em dias muito abafados para curtir umas horas de frescor? No hemisfério norte, a técnica pode falhar. Se precisar de ar-condicionado grátis para recuperar o fôlego, a melhor dica é visitar grandes lojas de departamento.

Piscinas para os fortes

Em cidades que ficam longe da costa, as piscinas públicas são boas alternativas para se refrescar em dias tórridos de verão. Como é de se imaginar, todo mundo tem a mesma ideia -- e pode ser que você fique para fora, no sol, se não chegar cedinho para garantir sua entrada.

Festas de rua

Na Europa, o verão é muito celebrado (especialmente em regiões com invernos longos e rígidos). Por essa razão, os festivais de música e as festas de rua acontecem geralmente entre julho e setembro. Tudo é interessante, mas pode apostar: nada nunca chegará aos pés do nosso bom e velho Carnaval.

Paquera & azaração

A gente sabe que no verão o pessoal costuma ficar mais saidinho, mas é bom ir devagar com o andor durante um verão europeu. Pelo mesmo motivo que não existe Carnaval, não existe também aquele clima de paquera e azaração comuns no verão brasileiro. O ritmo de intimidade com os europeus é outro, mas como diz o ditado: devagar se vai ao longe.

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