Tirar a sucursal brasileira de uma crise e colocá-la no topo mundial foi mais fácil para a atual presidente da Tupperware, Paola Kiwi, do que desconstruir sua fama de brava — que ela, confessadamente, lapidou por anos. Para tentar suavizar a braveza —que um período no exército de Israel também ajudou a construir — a chilena de 47 anos faz encontros frequentes com os funcionários, fala com eles pelas redes sociais e manda todo mundo para casa, na sexta-feira, às 15h.
Paola passou pelas áreas de vendas e finanças da Tupperware antes de virar presidente, em 2011, o que deu à executiva conhecimento pleno das estratégias da empresa, entre elas, a mais importante: o investimento maciço na venda por meio das representantes; hoje, 96% delas, mulheres.
Diante da atual invasão de potinhos de todos os tipos nos supermercados, ela garante: os seus têm garantia de ao menos 10 anos, não deixam vazar, passam, todos, por testes e são feitos de material atóxico. Tecladista na banda musical formada só por funcionários da Tupperware, Paola não é só do tipo que veste a camisa da empresa: ela, feito as tampinhas dos potes, lacra.