Rotas alteradas

Mulheres negras latino-americanas espalhadas pelo continente contam como a pandemia afeta suas vidas

Jéssica Moreira e Semayat Oliveira do Nós, mulheres da periferia

Nazareth Sojo, 37, veio da capital da Venezuela, é caraquenha de nascença. Lá viveu até decidir cruzar a pé a fronteira do país com o Brasil, em 2018. Não por vontade de abandonar seu próprio chão, mas por medo da fome e pelo impulso de proteger sua família. "A gente estava muito desesperado."

Desde então, é professora de idiomas na ONG Abraço Cultural, em São Paulo, em que refugiadas e refugiados atuam como professores de idiomas e cultura. É assim que ela ajuda a manter sua família em solo venezuelano, inclusive agora, em tempos de pandemia.

Há oito meses, celebrava o Carnaval com a família que visitava o Brasil, sem imaginar que o vírus se aproximava da região. Pouco tempo depois, tudo mudou. O primeiro caso de covid-19 em solo latino-americano foi confirmado em 26 de fevereiro, após um brasileiro voltar de viagem da Itália. Rapidamente, a contaminação se tornou comunitária e, em março, diversos países já começavam a sentir os abalos sociais e econômicos da crise sanitária e social.

Desde junho, a América Latina se tornou um dos epicentros da pandemia. Dos mais de 50 milhões de casos e das mais de 1,2 milhão de mortes pelo mundo, ao menos 21 milhões de infectados e mais de 659 mil mortes estão na região das Américas, conforme mostra relatório de 8 de novembro da Organização Panamericana de Saúde.

"Já é difícil estar fora de seu país por uma situação que te impulsionou a sair. Agora, além das saudades de lá, não posso nem ver a família que fiz aqui", diz Nazareth. Com a pandemia, a distância dos alunos e a necessidade de se adaptar às aulas online fizeram com que a solidão e a saudade aumentassem. Para cuidar do emocional, Nazareth recebe apoio psicológico voluntário. "O mais difícil é ficar completamente isolada. Não sabia da importância desse suporte psicológico", diz.

"Muitas sequer conseguem uma consulta"

Gabriela Noles, 32, estava estudando na Filadélfia, nos Estados Unidos, quando precisou voltar às pressas para a capital peruana, Lima, sua cidade natal. Com mais de 920 mil casos de infectados e mais de 34 mil mortes, o Peru tem uma das maiores taxas de mortalidade da América Latina, com 78,6 mortes a cada 100 mil habitantes.

Médica e mestre em saúde pública, Gabriela critica a divisão do sistema de saúde peruano, em que uma parte é destinada aos trabalhadores formais e outra aos informais, que são a maioria no país.

O Ministério do Trabalho do Peru aponta que até maio o país tinha 12,4 milhões de trabalhadores informais, ou seja, 72,7% do mercado de trabalho. Na região metropolitana de Lima e Callao, durante os meses de abril, maio e junho, 2,7 milhões perderam empregos formais, representando uma redução de 55,1% da população economicamente ativa. Até agosto mais de 9 milhões de pessoas deixaram de trabalhar no país —entre formais, informais e independentes. Ao menos 1,2 milhão de mulheres perderam seus empregos no período, aponta o Instituto Nacional de Estatística e Informática (Inei).

"A população de mulheres negras é, normalmente, empobrecida e depende de trabalhos realizados na rua, já que muitas são responsáveis pela família. Muitas delas sequer conseguem uma consulta médica", diz Gabriela.

Nesse contexto, ela passou a oferecer encontros virtuais voluntários para a comunidade de Carmem, a duas horas de Lima, onde há uma grande população negra. Toda sexta-feira, Gabriela explica o histórico do vírus e tira as principais dúvidas dos participantes. Mas o que a comunidade realmente quer é um ouvido que a acalme.

"Vemos tantos casos de mortes que isso gera certa ansiedade nas pessoas", explica. "Elas querem ser ouvidas e entender o que está acontecendo com seus próprios corpos."

No Brasil, a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher, de 2004, aponta que algumas doenças têm maior impacto na população negra. Diabetes e hipertensão são duas dessas doenças que também são comorbidades que podem agravar casos clínicos do novo coronavírus.

Segundo Gabriela, no Peru não é diferente. Diante do trabalho precário, da falta de alimentação balanceada e da ausência de acesso à saúde, as populações pobres e negras tendem a ter condições de saúde mais vulneráveis.

"Os hospitais eram zonas de guerra"

Enquanto Gabriela voltava para o Peru, os Estados Unidos se tornavam o epicentro mundial da covid-19. Desde que migrou com sua mãe, Luz Reinoso, a dominicana Loira Limbal, 41, mora no Bronx, bairro com alta concentração de população negra e latina na cidade de Nova York. Os Estados Unidos são o país com maior número de casos e mortes por covid no mundo, com mais de 9 milhões de infectados e mais de 237 mil óbitos.

Cineasta e vice-presidente na Firelight, produtora cinematográfica com foco em questões sociais e raciais, ela estava trabalhando de casa antes mesmo de o distanciamento social ser decretado, em março. Poucos dias depois, no entanto, a mãe e a irmã de Loira, Amali Sierra, começaram a sentir os sintomas.

"O mês de abril se resume a uma neblina mental e emocional pra mim. Porque foi aquele lance de encarar o maior medo que a gente tinha, que era o de elas adoecerem. E foi o que aconteceu logo de cara", diz Loira.

No sétimo dia, Amali já se sentia melhor, enquanto Luz teve sua pior noite, com muita dor no peito e dificuldade para respirar. Por ter diabetes e colesterol alto, ela corria maiores riscos em casa.

"Foi um pesadelo. O desafio foi decidir para qual hospital levá-la e convencê-la a ir. Todos estavam superlotados." Ao chegar a um hospital no Bronx, colocaram-na em uma cadeira de rodas e a encaminharam para outra sala.

"Eu entrei em pânico. Minha mãe precisou ir sozinha e fiquei lá fora chorando. Foi a pior despedida da minha vida. Ela estava com medo e eu também, porque a minha mãe não fala inglês fluente. E, naquela altura, todos falavam que os hospitais eram verdadeiras zonas de guerra."

"É o nosso corpo que mantém a sociedade funcionando"

Imaginando que a mãe dormiria no hospital, à 1h da manhã Loira voltou para casa. Mas foi surpreendida com uma ligação pouco depois, às 3h da madrugada: 'Filha, vou esperar amanhecer e pegar um táxi para casa'. E sem o resultado dos exames.

No dia seguinte, passaram o diagnóstico de pneumonia, mas não a testaram para a covid-19. Descontente, Loira seguiu com a mãe para o hospital da Universidade NYU (New York University), localizado em uma região elitizada da cidade, por indicação de uma amiga.

"Chegando lá, o atendimento foi totalmente diferente. Fizeram dois eletrocardiogramas e eles tinham um sistema para mandar mensagens de texto para manter a família informada", diz.

No final da noite, confirmaram a contaminação por coronavírus. Luz ficou alguns dias em tratamento intensivo, se recuperou e voltou para casa, sentindo a diferença de tratamento entre os bairros com maior concentração de negros e latinos em Nova York e as regiões majoritariamente brancas.

"E uma família que não tem amizade com alguém que poderia indicar esse hospital? Ou que não tenha um carro para levar sua mãe do Bronx para lá, porque é longe? Como faz? Qualquer coisa que a gente tivesse feito diferente, minha mãe não estaria aqui", diz Loira.

Ela destaca ainda que, em Nova York, a área de enfermagem é composta em sua maioria por imigrantes, mulheres e mulheres negras. Para Loira, a pandemia do novo coronavírus é como um plano genocida contra as populações não brancas e mais pobres.

"É o nosso corpo que mantém a sociedade funcionando. Chamo os trabalhadores essenciais de trabalhadores sacrificiais porque não os tratamos como essenciais. Faço questão de falar em genocídio. Não tem como usar um eufemismo ou outra palavra. Estamos vivendo uma campanha genocida contra nosso povo. São pandemias múltiplas, não é uma só."

Mulheres e negros estão entre os mais vulneráveis

Os efeitos da exploração econômica colonial sobre os povos negros e indígenas podem ser sentidos até hoje, em diferentes níveis, na região, resultando em uma drástica desigualdade social.

Para Cláudia Miranda, professora e especialista em estudos afrolatinoamericanos e caribenhos da Unirio (Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro), esses processos culminaram em territórios de maior vulnerabilidade, como as periferias e as favelas no Brasil.

Dados divulgados pela Oxfam no estudo "Quem Paga a Conta? - Taxar a Riqueza para Enfrentar a Crise da Covid na América Latina e Caribe" mostram como os atuais níveis de desigualdade e pobreza, aliados à alta taxa de informalidade, explicam a vulnerabilidade regional também neste momento.

"[Na região, há] Uma em cada cinco pessoas vivendo em favelas, mais de um terço em moradias sem saneamento básico, dois médicos e dois leitos a cada mil habitantes e cerca de um terço da população sem acesso a serviços de saúde por falta de recursos econômicos", aponta o documento. Segundo a Oxfam, os bilionários da América Latina e do Caribe ampliaram suas fortunas em US$ 48,2 bilhões (R$ 259 bilhões) entre março e junho de 2020. Isso simboliza 38% da soma de recursos dos pacotes de estímulos econômicos de todos os países da América Latina e Caribe.

Com a crise sanitária e social que se instala, a Oxfam mostra que haverá um retrocesso econômico drástico na região, com uma contração de 9,4% e com as populações mais vulneráveis pagando a conta: até 52 milhões de pessoas podem cair na pobreza e 40 milhões podem perder seus empregos em 2020.

"Mulheres, negros e indígenas estão entre os estratos sociais mais representativos entre a população em condição de vulnerabilidade, tendo renda proporcionalmente menor do que homens, brancos e população urbana", diz Kátia Maia, diretora-executiva da Oxfam Brasil.

A Cepal (Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe) aponta que ao menos 18 milhões de pessoas são trabalhadoras domésticas nos países latino-americanos, sendo as mulheres 93% desse grupo. O trabalho doméstico representa até 14,3% do trabalho feminino na região.

A Organização Internacional do Trabalho (OIT) indica que 70,4% das trabalhadoras domésticas vêm sendo afetadas pelas medidas de quarentena, seja pela diminuição de sua atividade econômica, pelo desemprego, pela redução das horas trabalhadas ou pela perda de salários.

Redes de mulheres são forma de insurgência

As mãos e a inteligência de mulheres negras, afroindígenas e indígenas construíram a hoje chamada América Latina. Mesmo diante de uma histórica omissão por parte dos governantes e de uma crise de tamanha dimensão, esse grupo segue criando estratégias sociais.

O que não é uma exclusividade do período pandêmico. O Brasil, por exemplo, teve importante participação na mobilização em torno da Conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) de 2001, em Durban, evento que ampliou a tônica afro-latina para o movimento de mulheres negras em todo o mundo.

"Em 1992, foi criada a Rede de Mulheres Afro-latinas, Afro-caribenhas e da Diáspora, garantindo melhores diagnósticos sobre a realidade de mulheres negras nos mais distintos países, articulando esforços para combater a opressão de gênero e raça e expondo a condição de marginalidade vivida por mulheres afrodescendentes na região", explica a professora Cláudia Miranda.

A partir das dificuldades, surgiram redes que são consideradas verdadeiras práticas de insurgência para a existência feminina e negra. Por isso, diz a professora da Unirio, "nenhuma revolução pode ocorrer sem a nossa presença, sem as nossas tecnologias de reexistência coletiva, feminina e negra".

Troca de experiências, cultura e afeto

Na América Latina, há vários exemplos dessas redes de mulheres, como os coletivos Negrocentricxs, no Chile, Mujeres de Asfalto, no Equador, e Mizangas (Movimento de Mulheres Afro), no Uruguai.

Cada qual à sua maneira, essas organizações independentes têm dado respostas aos problemas estruturais ainda esquecidos por seus países, como a regularização de mulheres imigrantes, a disseminação de informações sobre direitos básicos e a proteção em casos de violência. Agora, funcionam também como pontos de apoio na garantia da sobrevivência de populações vulneráveis, com entrega de alimentos, roupas ou itens de higiene.

"Quando consultamos quem atua na linha de frente, percebemos que a insurgência coletiva tem interferido, inclusive, na legislação e na orientação de políticas públicas desses países. É estratégico seguir reconectando essas experiências em rede, sem deixar de considerar o já acumulado", diz Cláudia.

Desde outubro de 2019, a "normalidade" em Santiago do Chile era ir às ruas e reivindicar melhorias. Em março deste ano, no entanto, os chilenos tiveram que transformar as lutas nas ruas em redes de solidariedade capazes de dar uma resposta mais imediata para as populações que mais precisam. Mesmo tendo mantido um lockdown rígido nos últimos meses, permitindo apenas três horas em local público mediante autorização prévia, o país está em 17º lugar no ranking de mais contaminados do mundo, com mais de 521 mil casos, retrato da política privatista de saúde que vinha sendo denunciada nos protestos de rua.

"O governo está usando a pandemia para fazer um controle social. Para que um fuzil em meio a uma pandemia? É uma forma de controle, já que eles estavam diante de um levante social", diz Paola Palacios, 31, designer, ativista e fundadora da Negrocentricxs, organização que, nesse momento, dedica-se à arrecadação de alimentos. Com a proibição de permanecer nas ruas, contrataram uma cooperativa para as entregas de doações. "Colocamos nas cestas produtos elaborados por outras mulheres migrantes, fazendo um circuito maior de ajuda entre essas comunidades."

Nascida na região pacífica da Colômbia, foi ainda na infância que a andança migrante de Paola começou, ao lado da mãe, uma empregada doméstica que morou em diferentes cidades. Já adulta, andou parte da América Latina até chegar ao Chile, em 2017, onde criou a Negrocentricxs. Para evitar que outras enfrentem situações de racismo, xenofobia e machismo, ela realiza as chamadas tertúlias, encontros de troca de experiências, cultura e afeto com afro-latinas que integram a organização.

"Quando a mulher chega ao Chile, não conhece absolutamente nada, não tem com quem contar. Foi aqui que me dei conta do tema racial, andando nas ruas, ouvindo as pessoas me chamando de prostituta e gritando 'volta para seu país'."

Pandemia reforça a xenofobia

A situação se repete em outras partes. A historiadora Bruna Stamato, 30, carioca da zona norte do Rio de Janeiro, sofreu várias vezes situações de discriminação racial em Buenos Aires, onde vive há oito anos e estuda a trajetória das políticas de gênero na Argentina.

Segundo ela, durante a pandemia, imigrantes negros ou não brancos têm sentido ainda mais forte o sentimento xenofóbico que vem de algumas camadas da sociedade argentina, quando, na verdade, as populações imigrantes integram um dos grupos mais vulneráveis durante a pandemia. O país já contabiliza mais de 33 mil mortes e ultrapassa 1 milhão de contaminados.

"É como se, por serem estrangeiras, fossem de alguma maneira responsáveis pela situação. Essas ações gritantes de discriminação nos colocam em um lugar ainda mais desprotegido", diz. "Acreditam que os imigrantes vão usurpar o emprego dos cidadãos nacionais ou vão se envolver mais com a criminalidade."

Racismo estrutural sob a ótica das mulheres negras

Segundo a historiadora, a sociedade argentina não entende que haja negros em sua própria população. "É como se o afrodescendente tivesse ficado nos tempos coloniais. Se no Brasil temos um mito da democracia racial no discurso popular, na Argentina está o mito do desaparecimento dos negros", diz Bruna.

"Dados indicam um aumento de 48% dos casos de violência de gênero na situação de isolamento. Se, por um lado, o Ministério das Mulheres, Gênero e Diversidade anunciou o lançamento de um plano de ação nacional contra essa violência, por outro, faltam indicadores específicos para saber quantas dessas mulheres são imigrantes, indígenas e afrodescendentes", pontua a historiadora.

Mesmo em uma situação melhor, com apenas 62 mortes até 8 de novembro, o Uruguai também possui uma persistente desigualdade em sua população, que vem sendo olhada principalmente pela ótica das mulheres negras.

"Os problemas raciais no Uruguai são os mesmos de todo o mundo, principalmente o racismo estrutural, dobrando os indicadores de pobreza e triplicando os indicadores de marginalidade, com lacunas em educação, trabalho, saúde e acesso à moradia e à justiça", diz Tania Ramírez, 35, de Montevidéu, ativista dos movimentos afro e feminista e criadora do coletivo Mizangas (Movimento de Mulheres Negras), que atua na valorização de mulheres negras e, agora, realiza campanhas para mitigar os efeitos da covid-19 no país.

Entre as ações do grupo estão o Guarda-Roupa Solidário, uma campanha de doação de roupas de inverno para mulheres privadas de liberdade, pessoas sem-teto e famílias mais vulneráveis, e a campanha Organizando Solidariedade, destinada a famílias negras do interior do país, além de um ciclo de palestras sobre a covid-19.

Afroresistência

Juana Francis, 35, nasceu em Esmeralda, na costa norte do Equador. Falar da culinária recheada de coco e mariscos é o jeito dela de se conectar à própria família que, por conta da pandemia, está impossibilitada de visitar.

Ela é uma das fundadoras da organização Mujeres de Asfalto, que atua no Equador oferecendo assistência jurídica e emocional para mulheres negras, migrantes e indígenas há pelo menos 11 anos e que, agora, dedica-se a apoiá-las também diante da crise provocada pela pandemia do coronavírus, que já matou mais de 12 mil no país.

No Equador, negros e indígenas estão garantindo sua própria sobrevivência, já que essas comunidades são também as mais empobrecidas, com menos acesso a emprego e outros direitos sociais.

"Na pandemia, aconteceram muitas oficinas de medicinas ancestrais, troca de alimentos, cartilhas de como se cuidar e uma articulação entre movimentos que permitiu fazer um acompanhamento psicológico e de denúncia das violências, já que os casos de violação de direitos e de violência aumentaram", diz Juana.

Ela acredita que, para haver mudanças significativas no país e na América Latina como um todo, é preciso renovar a política e os espaços de poder, já que hoje as estruturas políticas são dominadas por homens brancos ou mestiços, de um estrato econômico alto. "Não há mulheres, gente negra, gente indígena."

Por essa razão, ela e outras organizações de mulheres negras estão lançando a campanha Eu, Presidenta, para dar visibilidade a mulheres de diversos perfis: moradoras de comunidades, da periferia e de movimentos sociais. "Queremos chamar a atenção para temas que não têm visibilidade política, trazendo as demandas das mulheres, sobretudo das mulheres negras de zonas historicamente excluídas", diz Juana.

"Estamos conectadas a partir da nossa afroresistência, pensando a renovação política. Tornar a luta e as problemáticas sem fronteiras sempre será importante para gerar o intercâmbio de aprendizagens."

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