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Miss França 2019 diz que sofreu bullying por ter sido gorda na adolescência

Vaimalama Chaves - Reprodução/Instagram
Vaimalama Chaves Imagem: Reprodução/Instagram

da RFI

17/12/2018 12h15

A França amanheceu neste domingo (16) encantada com a história da Miss França 2019, a taitiana Vaimalama Chaves, 23 anos.

A nova Miss França conta que sofreu em sua juventude por causa de apelidos grosseiros que davam a ela, como "o monstro", e pelos comentários de que era "feia" e "gorda". Para perder peso, a taitiana passou a fazer ginástica diariamente e a praticar esportes. No programa, muitos exercícios aeróbicos, de musculação e surfe. Ao vencer o concurso, realizado em Lille (norte), ela desbancou as concorrentes e afirmou ter tirado sua revanche sobre as pessoas que a criticaram por seu físico no passado.

Vaimalama diz que o apoio da prima Mareva Georges, eleita Miss França em 1991, foi fundamental. "Talvez você não seja uma pessoa perfeita, mas se tem uma alma boa, honesta, tem todas as chances de ganhar o concurso", aconselhou a prima. "Foi ela que sempre ressaltou que importante é o que as pessoas têm na alma", lembra a nova eleita.

A veterana não se enganou. Vaimalama quebrou um jejum de 20 anos de títulos para a ilha de Tahiti, na Polinésia Francesa. Nos últimos anos, várias candidatas perderam a coroa na reta final, ficando na segunda ou terceira colocação no concurso de beleza.

Admiradora de Michelle Obama

A jovem, nascida em Papeete, é formada em administração de empresas. Vaimalama esperou até o final de seus estudos para se lançar na disputa e vê sua experiência como uma vantagem: "Eu acho que sou uma das garotas mais velhas da aventura, acho que isso me deu mais postura" para vencer o Miss França.

Vaimalama adora música, toca violão e ukulele, além de gostar de "tudo o que é manual", como fazer pinturas e outras formas de arte. Ela afirma ter uma grande admiração por Michelle Obama, que considera uma mulher "excepcional". "Ela me inspirou por seus valores e seu engajamento, pela maneira como soube usar o papel de primeira-dama dos Estados Unidos para defender causas importantes, como a educação e a saúde", explica.

Cerca de 7,3 milhões de espectadores assistiram no sábado à noite à transmissão da prova no canal TFI. Pela primeira vez, o júri foi exclusivamente feminino.