"Edição Negra" da "Vogue" italiana foi instigada por Obama

Naomi Campbell é uma das quatro top negras que estampam as diferentes capas da "Vogue Itália"
Imagem: Reprodução MILÃO (Reuters) - A editora da "Vogue" italiana, Franca Sozzani, disse que a idéia de lançar em julho a primeira "Edição Negra" da revista de moda veio em parte por causa do avanço de Barack Obama como candidato presidencial democrata nos Estados Unidos.
A outra parte foi devido ao fato de ela não ficar impressionada com a safra atual de modelos, todas parecidas e com pouca personalidade.
"Os EUA estão preparados para ter um presidente negro. Então por que nós não estamos preparados para modelos negras?" disse Sozzani em entrevista à Reuters.
"Eu estava nos EUA na 'super terça'. É claro que isso me influenciou, de certo modo -- passou a fazer parte de minha idéia geral."
A inspiração se converteu numa edição que traz mais de 20 modelos negras, desde Naomi Campbell até relativas novatas, como a britânica Jourdan Dunn, que é o destaque da capa.
Sozzani, que está na "Vogue" italiana há 20 anos, disse que o que a atraiu também foi a personalidade forte das modelos negras.
"Não gosto realmente de nenhuma das garotas que desfilam hoje. São todas belíssimas, têm pernas longas e olhos lindos, mas são todas parecidas", disse ela.
"Nenhuma delas me impressionou. A única que me impressionou foi Liya Kebede. Ela é tão elegante, tão chique", disse a editora, falando da modelo etíope que é também embaixadora da boa vontade da Organização Mundial da Saúde.
A edição de julho da revista inclui um perfil de Michelle Obama, esposa do candidato presidencial, e entrevistas com o cineasta Spike Lee e com Edmonde Charles-Roux, que se demitiu do cargo de editora da Vogue Paris após a decisão de não colocar na capa a modelo negra Donyale Luna em junho de 1966.
Sozzani disse que hoje, 40 anos depois, não encontrou resistência.
"Não houve resistência nenhuma, nem dos clientes, nem das pessoas. A direção da revista ficou entusiasmada desde o primeiro momento."
A editora pretende usar mais modelos negras no futuro, mas acrescenta: "Não quero dizer que todas as edições, todas as matérias devam ser com meninas negras, mas deveríamos ter mais delas."
A indústria da moda ainda emprega poucas modelos negras em anúncios, e mesmo nas quase 350 páginas da Edição Negra elas aparecem em poucos anúncios.
Sozzani diz que usou sua influência com alguns anunciantes para convencê-los a usar modelos negras.
"Sei que eles já estão pedindo mais para sessões de fotos e que alguns estão pensando em usar mais nos desfiles", ela disse, mas acrescentou: "Nunca se sabe o que se passa na cabeça dos estilistas."
A outra parte foi devido ao fato de ela não ficar impressionada com a safra atual de modelos, todas parecidas e com pouca personalidade.
"Os EUA estão preparados para ter um presidente negro. Então por que nós não estamos preparados para modelos negras?" disse Sozzani em entrevista à Reuters.
"Eu estava nos EUA na 'super terça'. É claro que isso me influenciou, de certo modo -- passou a fazer parte de minha idéia geral."
A inspiração se converteu numa edição que traz mais de 20 modelos negras, desde Naomi Campbell até relativas novatas, como a britânica Jourdan Dunn, que é o destaque da capa.
Sozzani, que está na "Vogue" italiana há 20 anos, disse que o que a atraiu também foi a personalidade forte das modelos negras.
"Não gosto realmente de nenhuma das garotas que desfilam hoje. São todas belíssimas, têm pernas longas e olhos lindos, mas são todas parecidas", disse ela.
"Nenhuma delas me impressionou. A única que me impressionou foi Liya Kebede. Ela é tão elegante, tão chique", disse a editora, falando da modelo etíope que é também embaixadora da boa vontade da Organização Mundial da Saúde.
A edição de julho da revista inclui um perfil de Michelle Obama, esposa do candidato presidencial, e entrevistas com o cineasta Spike Lee e com Edmonde Charles-Roux, que se demitiu do cargo de editora da Vogue Paris após a decisão de não colocar na capa a modelo negra Donyale Luna em junho de 1966.
Sozzani disse que hoje, 40 anos depois, não encontrou resistência.
"Não houve resistência nenhuma, nem dos clientes, nem das pessoas. A direção da revista ficou entusiasmada desde o primeiro momento."
A editora pretende usar mais modelos negras no futuro, mas acrescenta: "Não quero dizer que todas as edições, todas as matérias devam ser com meninas negras, mas deveríamos ter mais delas."
A indústria da moda ainda emprega poucas modelos negras em anúncios, e mesmo nas quase 350 páginas da Edição Negra elas aparecem em poucos anúncios.
Sozzani diz que usou sua influência com alguns anunciantes para convencê-los a usar modelos negras.
"Sei que eles já estão pedindo mais para sessões de fotos e que alguns estão pensando em usar mais nos desfiles", ela disse, mas acrescentou: "Nunca se sabe o que se passa na cabeça dos estilistas."
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