Anel peniano: 8 coisas que você precisa saber sobre o acessório sexual

Anel peniano: prós, contras e cuidados no uso do acessório que promete prazer prolongado

Bastante procurado nos sex shops e cada vez mais presente nas gavetas de casais curiosos, o anel peniano é um dos acessórios eróticos mais populares entre homens que desejam retardar a ejaculação e prolongar o prazer. Além de ser usado para fins terapêuticos, o item também ganhou versões modernas — algumas com microvibradores que estimulam o clitóris ou o períneo — e vem sendo incorporado às práticas sexuais como uma nova forma de intensificar o estímulo e a conexão entre parceiros.

Apesar da fama, especialistas alertam que o uso do anel deve ser feito com cautela. Embora possa ajudar na performance e até auxiliar em casos de disfunção erétil, o uso incorreto pode causar sérios danos à circulação peniana. Entenda como funciona e quais cuidados tomar antes de adotar o acessório.

1. Origem médica e uso terapêutico

Antes de se tornar um item erótico, o anel peniano era utilizado em contextos médicos, principalmente no tratamento de disfunção erétil causada por "fuga venosa" — quando há dificuldade em manter o sangue dentro dos corpos cavernosos do pênis durante a ereção. O anel, colocado na base do pênis, ajuda a conter a saída do sangue e a prolongar a rigidez. Ele também pode ser associado a medicamentos orais ou injeções intracavernosas, sob orientação médica.

Homens que sofrem com ejaculação precoce também podem se beneficiar do uso, mas a recomendação é que o tratamento envolva acompanhamento psicológico, já que causas emocionais estão frequentemente associadas ao problema.

2. Uso sexual e variações sensoriais

Com o tempo, o anel peniano passou a ser incorporado ao universo dos sex toys. Hoje, existem modelos com vibração simples, dupla e até versões que estimulam simultaneamente o clitóris e o períneo masculino. O acessório pode tornar a penetração mais intensa, prolongar a ereção e aumentar o tempo de prazer para ambos.

Há, inclusive, quem use o anel como truque visual, já que o leve inchaço causado pelo garroteamento dá a impressão de aumento no tamanho do pênis. No entanto, especialistas lembram que o prazer feminino está muito mais ligado à conexão, ritmo e exploração do corpo do que ao tamanho.

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3. Teste antes de usar com o parceiro

Antes de levar o acessório para a cama, é importante testá-lo sozinho. Isso ajuda a identificar o nível de pressão adequado e evita acidentes durante a relação. O ideal é colocá-lo ainda com o pênis parcialmente ereto, ajustando com cuidado.

4. Evite o uso prolongado

Usar o anel por muito tempo pode comprometer a circulação sanguínea. A recomendação é retirá-lo após cerca de 20 minutos de uso e massagear a região para reativar o fluxo. Em contextos terapêuticos, sob supervisão médica, esse tempo pode ser estendido para até 30 minutos — nunca mais do que isso.

O uso constante, sem acompanhamento, é desaconselhado. O excesso de pressão pode causar lesões na pele, fibrose do tecido erétil, necrose e até priapismo — condição dolorosa em que o pênis permanece ereto por horas, exigindo atendimento médico urgente.

5. Escolha o material certo

Embora existam versões de metal, couro e borracha, os especialistas recomendam o silicone, por ser mais flexível e seguro. O anel deve ter o diâmetro correto para o corpo de quem usa — muitos fabricantes oferecem tamanhos variados.

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Lubrificantes à base de água ajudam a reduzir o atrito e tornam o uso mais confortável. Em caso de dor, inchaço ou dormência, o anel deve ser removido imediatamente. O acessório deve ser colocado sempre na base do pênis e jamais na glande. Usar mais de uma vez ao dia ou dormir com ele é altamente contraindicado.

6. Atenção a sinais de alerta

Ferimentos, sangramentos, manchas escuras na pele ou curvaturas incomuns no pênis após o uso indicam que houve lesão vascular. Nesses casos, é essencial procurar um urologista.

Usado corretamente, o anel peniano pode ser um ótimo aliado para o prazer e a autoconfiança. Mas o segredo está em conhecer o próprio corpo e respeitar seus limites — o que vale tanto para quem busca controlar a ejaculação quanto para quem quer apenas explorar novas sensações.

Fontes: Carlos Wilson Menezes, urologista e andrologista; Carla Ribeiro, psicóloga especializada em saúde masculina; Livia Leite, terapeuta sexual e consultora em sexualidade; e Valter Javaroni, médico urologista e doutor em Ciências Médicas pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)

*Com matéria publicada em 23/02/2018

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