Libido: o que é e por que ela pode oscilar ao longo da vida

Uma pergunta simples é, corriqueiramente, muito buscada no Google: "o que é libido?". O interesse não surpreende. Afinal, o desejo sexual — ou a falta dele — é tema recorrente na vida de muita gente.

Libido é, basicamente, a vontade de transar, mas na prática vai muito além: envolve saúde física, emocional, autoestima e até a qualidade do relacionamento.

O setor especializado em sexologia da UNIFESP (Universidade Federal de São Paulo) revela que a diminuição da libido está em primeiro lugar entre as queixas femininas, seguida pela falta de orgasmo e dor na hora do sexo. São vários os motivos que fazem com que a libido desapareça. O relacionamento está interessante? Há algo atrapalhando o sexo, como traições ou hábitos que tornem a transa mecânica? Como anda a autoestima sexual? A mulher tem hábitos de erotização?

Depois de analisar essas perguntas, é importante verificar se existe algum sinal de depressão. O uso de antidepressivos ou anticoncepcionais e a ocorrência de menopausa mudam um pouco a intensidade do desejo.

Especialistas garantem que o desejo feminino é, na maioria das vezes, ativado por um estímulo sexual. Ele costuma ser mais ativo no início da relação, quando há paixão e sedução. No relacionamento estável, a pessoa para de pensar em sexo, porque tem a falsa impressão de que a relação é segura. Outros impeditivos podem ser trabalho, filhos e vida doméstica.

Por que a libido diminui?

Não existe uma resposta única. Fatores emocionais e relacionais pesam bastante: insatisfação no relacionamento, mágoas não resolvidas, rotina desgastante, traições ou simplesmente o sexo se tornando mecânico. A autoestima também é central — sentir-se atraente para si mesma é tão importante quanto para o outro.

O corpo e os hormônios têm papel decisivo. Anticoncepcionais, antidepressivos e até a menopausa podem alterar o desejo. Questões de saúde, como doenças crônicas e desequilíbrios hormonais, também entram na lista. Além disso, filhos, trabalho e vida doméstica muitas vezes deixam a sexualidade em segundo plano.

Nunca senti desejo. E agora?

Quando a falta de vontade sempre esteve presente, falamos de libido primária. Isso pode estar ligado a uma educação rígida e repressora, traumas, medo de se entregar ou até excesso de timidez. Já quando o desejo existia e foi se apagando ao longo do tempo, chamamos de libido secundária. O ponto de atenção é perceber se essa ausência causa sofrimento individual ou no casal — esse é o sinal de que algo merece cuidado.

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Caminhos para despertar o desejo

O primeiro passo é procurar um ginecologista, para descartar causas fisiológicas. Depois, especialistas em sexualidade, psicólogos ou terapeutas sexuais podem ajudar a entender o que está acontecendo e sugerir novos caminhos. Pequenas mudanças também fazem diferença: criar momentos de intimidade, investir em estímulos eróticos, quebrar a rotina com um jantar, um vinho, um toque diferente.

O desejo feminino, em geral, precisa de estímulo para florescer — e isso não é uma falha, mas parte da natureza da sexualidade. Reconhecer isso pode ajudar a tirar o peso da cobrança e abrir espaço para o prazer.

* com informações da matéria Sem libido: veja a solução para principal disfunção sexual das mulheres, publicada em 9/10/2019

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