Furry Fandom: como funciona o fetiche de se vestir de animal no sexo
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O universo do Furry Fandom, conhecido por reunir pessoas que se identificam com personagens de aparência animal e inteligência humana, também dá espaço a práticas sexuais que envolvem fantasia, liberdade e prazer. O fetiche, nesse caso, está ligado ao uso de fantasias de pelúcia chamadas fursuits, que quando adaptadas para o sexo recebem o nome de mursuits.
Essas roupas cobrem todo o corpo e possuem texturas macias, o que gera um estímulo sensorial direto. Muitas pessoas relatam que, ao assumir uma persona — ou fursona — se sentem mais confiantes, livres para explorar seus desejos e capazes de ousar de formas que não fariam sem a fantasia. A pelúcia, os elementos visuais e a encenação contribuem para intensificar o erotismo, especialmente para pessoas mais introvertidas ou com uma imaginação ativa.
Na prática
O uso da mursuit varia conforme o casal, podendo envolver jogos sexuais com as roupas parcialmente abertas ou retiradas, sempre com o consentimento mútuo. O aspecto lúdico e simbólico da prática permite criar roteiros sensuais baseados em personagens escolhidos pelos próprios usuários.
Apesar do forte apelo visual, o principal gatilho do fetiche não está no contato com o material da roupa, mas sim no imaginário construído a partir da fantasia. Para muitos, o fetiche está ligado a referências afetivas da infância, identificação emocional com animais ou simples interesse por elementos alternativos no sexo.
Para quem deseja apresentar a fantasia ao parceiro ou parceira, especialistas recomendam diálogo aberto e respeitoso. O consenso e o conforto de ambos são fundamentais para a prática ser saudável e prazerosa.
Nada a ver com zoofilia
Importante destacar que a prática não tem relação com zoofilia. O prazer está na fantasia e no personagem representado por um ser humano — e não na ideia de contato sexual com um animal real.
Fontes: Carine F. Saito, psicóloga e sexóloga; Márcia Oliveira, sexóloga e fisioterapeuta sexual; e entrevistas com praticantes
*Com matéria publicada em 23/10/2018



























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