Sem bichinho de pelúcia? Como ajudar a evitar crises alérgicas em crianças

Para evitar o surgimento de alergias ou mesmo o agravamento do quadro, o pediatra orienta que alguns cuidados façam parte da rotina da família e que os pais mantenham os filhos sempre hidratados por via oral, tomando água e outros líquidos.

"Muito cuidado com o cigarro, pois ele aumenta em muitas vezes as chances da criança ter problemas alérgicos", afirma.

Além disso, o médico também indica o uso de roupa de cama antialérgica, do lençol à fronha, para evitar o contato da criança com os ácaros do colchão e do travesseiro. Os bichos de pelúcia também não são uma boa ideia, neste caso vale tentar mudar para brinquedos que não tenham pelo e que dê para limpar com mais facilidade.

No quarto das crianças, evitar o uso de tapetes e ar-condicionado também é importante para reduzir a incidência de alergias respiratórias.

"O ar-condicionado resseca o quarto. Se for usar, colocar uma bacia com água para hidratar o ambiente. O umidificador pode ser usado, mas se tiver tapete, urso de pelúcia, papel de parede, ele pode acabar deixando o ambiente muito úmido [o que também é prejudicial]", destaca.

Já em relação às alergias dermatológicas, o médico recomenda evitar banhos demorados para que a mudança de temperatura não cause danos à pele.

Além disso, também é importante manter um caderninho de anotações sobre o quadro alérgico da criança, para registrar desde comidas ou mudanças na rotina que possam ter desencadeado a crise, como o uso ou não do ar-condicionado, por exemplo.

Não existe um calendário de vacinas para prevenir alergia, mas o pediatra alerta para a necessidade de manter as crianças imunizadas.

"O mecanismo de alergia não é o mesmo da imunidade para infecções, mas o cuidar dos pais é melhorar a imunidade com vacinas e também tratar as alergias, porque elas aumentam a produção de muco que propiciam infecções virais e bacterianas. É cuidar como um todo", afirma Len.