Kim Kardashian ama: máscaras de led vermelho caseiras podem fazer mal
Shakira, Karen Jonz, as Kardashians... O que não faltam são celebridades mostrando que fazem tratamento com máscara de luz vermelha. Por mais que pareça uma cena de "Star Wars", especialistas garantem que seu uso é benéfico para a pele. No entanto, é necessário ter cuidado com produtos piratas.
A cor do LED determina o comprimento de onda da luz emitida. O vermelho é diferente do azul, que é diferente do amarelo? E cada uma tem uma indicação para a pele. Uma das indicações da luz vermelha, por exemplo, é o auxílio na cicatrização.
"A luz vermelha tem efeito anti-inflamatório e auxilia na regeneração da pele após procedimentos faciais. Ela estimula a produção de colágeno e elastina, o que também contribui para o rejuvenescimento", explica a dermatologista Alessandra Romiti, assessora do Departamento de Cosmiatria da Sociedade Brasileira de Dermatologia.
Segundo Romiti, a maioria das aplicações com LED vermelho é realizada em consultórios, com a supervisão médica adequada. Para ela, o problema de fazer o procedimento em casa é a falta de controle sobre a qualidade e intensidade das luzes.
No consultório, os equipamentos passam por uma análise de qualidade. São testados, medidos e regulamentados. Além disso, orientamos sobre o tempo de uso e a distância correta da pele. Já em casa, muitas vezes não se sabe nem se o LED utilizado realmente pertence ao espectro vermelho dermatologista Alessandra Romiti
O barato sai caro
Como a luz não se restringe apenas ao rosto, é importante proteger a região dos ombros durante o uso. Além disso, o uso de produtos piratas, que prometem os mesmos efeitos de tratamentos realizados por profissionais, pode causar sérios danos à saúde.
"Você pode ter condições de pele que impedem o uso do LED, e apenas um médico pode avaliar isso. Se o paciente tem glaucoma ou alguma doença dermatológica, a máscara pode causar efeitos indesejados e até agravar as lesões", explica a dermatologista Laura Salles, coordenadora de Dermatologia do Hospital Orizonti, em Belo Horizonte.
Para ela, as máscaras de uso doméstico não são recomendadas. "Elas não oferecem o mesmo efeito. Podem ser utilizadas de forma incorreta, e a quantidade de luz emitida não é precisa", afirma.
Até mesmo o tempo de exposição é motivo de preocupação. "Não conhecemos a precisão desses aparelhos domésticos. É sempre melhor o paciente conversar com um dermatologista, avaliar o seu tipo de pele e verificar se o uso da luz vermelha pode realmente trazer benefícios", reforça Romiti.
Salles conclui com um lembrete essencial. "O melhor cuidado com a pele ainda é a proteção solar. O protetor solar é, sem dúvida, um dos maiores aliados para manter a saúde e a qualidade da pele."
Deixe seu comentário
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Leia as Regras de Uso do UOL.