Autoestima e prazer: técnicas para se soltar e curtir seu corpo sem tabus

Soltinha que nem arroz, dona do próprio corpo e conhecedora do próprio prazer. Se tornar mais livre sexualmente e confiante consigo mesma pode (e deve) estar na sua lista de autocuidado. E o melhor: há muitos caminhos possíveis para esse processo de reconexão com o corpo e com o desejo.

Conversamos com terapeutas sexuais e profissionais de práticas corporais como o pole dance, a massagem tântrica e a fotografia para entender como o autoconhecimento físico e emocional pode ajudar a quebrar tabus, ganhar segurança e explorar melhor o prazer — com ou sem parceria. Vibradores também são bem-vindos nessa jornada.

Pole dance: autoestima no topo da barra

Apesar de ser uma atividade com técnica e força, o pole dance pode ser um excelente catalisador de autoconfiança e sensualidade. A prática ajuda mulheres a se sentirem mais seguras com seus corpos e mais empoderadas sexualmente.

O uso de roupas curtas é um desafio inicial para muitas alunas, mas logo se torna parte do processo de aceitação. As mulheres começam a se ver de forma mais positiva, entendem que são maravilhosas como são e, sim, é possível começar com uma aula experimental — acessível em muitos estúdios.

Dança para se libertar

Axé, dança do ventre, burlesca ou até coreografias no salto alto. Modalidades de dança voltadas à autoestima têm se multiplicado em diversos estúdios e coletivos femininos. A proposta? Mexer o corpo, soltar a vergonha e se reconectar com a potência de ser quem se é — sem julgamentos.

Dançar com consciência corporal pode ser uma verdadeira terapia. A ideia é se gostar dançando.

Massagem tântrica: prazer e reconexão

Mais do que uma experiência sensorial, a massagem tântrica é uma ferramenta terapêutica que visa reconectar corpo e mente. As sessões promovem autoconhecimento e ajudam a entender os bloqueios que impedem o prazer. E nem sempre envolvem nudez ou toques genitais.

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A proposta é desenvolver o ser integral, trabalhando o prazer, a autoestima e as emoções com acolhimento.

Ensaios fotográficos: novos ângulos do amor-próprio

Olhar-se com carinho é transformador. Por isso, fazer um ensaio pode mudar a relação que uma mulher tem com seu corpo.

Mais do que mostrar curvas, os cliques buscam revelar identidade e autenticidade. Não é preciso lingerie ou poses sensuais — camisetas largas ou roupas simples também expressam sensualidade, dependendo da luz, da postura, do olhar. O importante é se ver de um jeito novo.

Vibradores e prazer solo

Vibradores, sugadores de clitóris, toques com os dedos ou o chuveirinho: explorar o próprio corpo é um ato de amor-próprio e libertação. Afinal, muitas mulheres ainda terceirizam o prazer — e isso pode mudar.

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Quando você entende o que te dá prazer, fica mais fácil comunicar isso em uma relação e também se satisfazer sozinha.

Práticas caseiras para se reconectar

Para quem quer começar em casa, sem investir em experiências externas, aqui estão algumas sugestões práticas:

Se olhe com amor no espelho: ao invés de procurar 'defeitos', observe seu corpo como ele é, com a história que carrega.

Tome um banho com presença: ao passar o sabonete, faça do toque um carinho. Coloque uma música, explore a sensação da água no corpo. Curta o momento.

Admire sua vulva: sim, olhe para ela com atenção e carinho. Reconhecer sua beleza única fortalece o vínculo com o próprio desejo.

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Fontes: Analucia Sousa Bastos, terapeuta; Cíntia Brito, fundadora do estúdio Benedita'S Pole Dance e Art; Débora Nisenbaum, fotógrafa; Isadora Zendron, dançarina; e Thais Plaza, terapeuta sexual

*Com matéria publicada em 17/12/2019

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