Maioria dos homens não sabe transar? 6 erros que eles cometem na cama

A influência da pornografia na vida sexual masculina tem sido tema recorrente em consultórios de sexólogos. Apesar de muitos homens acreditarem ter liberdade e experiência sexual, especialistas afirmam que boa parte do repertório masculino é baseado em mitos e roteiros engessados reproduzidos pelos filmes adultos — e que isso impacta negativamente suas relações, especialmente nas experiências heterossexuais.

Universa buscou entender os principais erros que os homens ainda cometem na cama e como muitos deles estão ligados à forma como o sexo é representado na indústria pornográfica. A seguir, confira os equívocos mais comuns e caminhos para relações mais prazerosas e conectadas.

1) Acreditar que já sabe transar

Os homens, em geral, acreditam que não precisam aprender a transar e que o sexo seria um processo intuitivo. Eles não veem o sexo como aprendizado; um comportamento que pode ser aprendido ou como um conjunto de descobertas que vão levar a uma prática mais prazerosa. Aí é que entra a pornografia.

2) Falta de preliminares e de envolvimento

Homens erram ao comprar a ideia vendida pela pornografia de que existe sexo sem envolvimento.

Mesmo em uma transa casual há envolvimento: tem sentidos, emoções. O prazer deles pode ser muito mais envolvente e agradável ao explorar outros sentidos além da penetração.

O homem aprendeu a estimular pouco o corpo de sua parceira. Os filmes pornôs não trabalham a ideia de preliminares e a mulher, nestas produções, acaba sendo pouco estimulada.

3) Enxergar sexo apenas como penetração

Outro equívoco é a ideia de um sexo muito "genitalizado". Existe aquela fantasia do homem de que ele tem que penetrar o tempo todo e que ele tem que ter um pênis rígido o tempo todo. Além disso, ele acredita que a mulher vai atingir o orgasmo só por meio da penetração, o que para a maioria das mulheres não acontece.

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4) Usar saliva como lubrificante

Há, ainda, uma imagem comum em pornôs na qual os homens ainda insistem: lubrificar a mulher com saliva. Isso muitas vezes acaba sendo um motivo de incômodo para as mulheres e é um comportamento sempre vendido na pornografia.

5) Comparar o seu desempenho com o de atores pornôs

Outro erro frequente dos homens é a comparação com o desempenho do que é assistido na pornografia — o que pode levar a disfunções sexuais. A falta da ereção pode ocorrer por um pico de adrenalina disparado pela ansiedade.

O ponto é que, para se atingir o clímax, é preciso muito mais do que essa estimulação estritamente genitalizada que a pornografia vende. A expectativa de desempenho e do tempo de ereção é uma cobrança para eles — seja para quem aprende a ejacular muito rápido, seja para quem demora muito a ejacular por acreditar que aquela penetração eterna está satisfazendo a mulher.

6) Acreditar em um roteiro preestabelecido

O homem passa a acreditar que o sexo começa, como num filme pornô, pela ereção dele e, na verdade, o sexo é a excitação dele que vai acontecer depois de estímulos sexuais. Eles cometem o erro de acreditar que não precisam de estímulo sexual e que a mulher precisa de apenas um estímulo específico, no clitóris, para que ela se lubrifique.

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Esse também é outro ponto que a pornografia traz, a ereção como ponto de partida e a ejaculação como término da relação.

Fontes: Carolina Freitas, psicóloga especialista em sexualidade; e Michelle Sampaio, sexóloga

*Com matéria publicada em 21/10/2022

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