Você prioriza os seus desejos? Universa Talks debate amores e autocuidado

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Quanta energia você investe em relacionamentos? O autocuidado é uma prioridade para você? Nossa colunista Maria Ribeiro se junta à webnamorada do Brasil Juvi Chagas e à médica e genital influencer Marcela Mc Gowan para descobrir qual a maneira ideal de gerenciar amor próprio, tempo com as amigas e para as nossas paixões.
Unidas por experiências diferentes, mas conectadas por uma vontade em comum — viver de forma autêntica — as três vão refletir sobre a força da energia feminina e das expectativas dos outros sobre a nossa maneira de existir.
Elas estarão no Universa Talks 2025 para uma edição especial do programa "Maria vai com os outros". O evento acontecerá no dia 17 de maio, às 14h, em São Paulo, com talks de Tati Bernardi, Vanessa Rozan, Titi Muller, Mari Moon, Cris Guterres, Cris Fibe e outras mulheres incríveis.
Autocuidado não é egoísmo
Muitas vezes somos chamadas de egoístas quando escolhemos nos priorizar na vida ou em um relacionamento. Mas será que isso é verdade? Para Marcela, o passo mais difícil em direção ao autocuidado é romper com essa percepção.
"Tive que fazer as pazes com a ideia de não ser vista como boazinha. Você pode até cuidar de alguém, mas você precisa cuidar de si antes e priorizar os seus desejos", afirma a médica.
Maria também compartilha um sentimento semelhante. "As mulheres são ensinadas a cuidar desde sempre. Só direcionei os cuidados para mim quando me separei, aos 41."
Para Juvi, é importante entender que "a gente precisa se agradar"."Enquanto a gente se agrada e produz felicidade para a gente, também produzimos felicidade para as pessoas que estão ao redor", afirma.
Redefinir o feminino
Descobrir o feminismo foi a virada de chave que impulsionou Marcela rumo a uma transformação.
"Percebi que ser mulher é nunca estar 100% confortável na própria pele. Há sempre expectativas irreais. Então eu entendi que se eu quisesse escolher qualquer coisa na minha vida, eu precisava romper com a expectativa das pessoas sobre mim", afirma.
Já Maria confessa que sempre teve medo da feminilidade. "Na minha casa, eu via claramente o desequilíbrio de poder entre os gêneros. Então acho que sempre busquei um tom mais masculino, justamente por medo de ser machucada a partir da minha doçura."
Para Juvi, que se identifica como uma pessoa não-binária, é importante entender que a feminilidade não está encaixotada em padrões e estereótipos.
"A riqueza da humanidade é a possibilidade de cada pessoa ser quem ela é, se não entra em um lugar conservador e moralista que é muito perigoso", afirma.
O preço de tentar caber nos sonhos alheios
Se há um ponto de concordância entre as três é de que não há caminho para a felicidade sem que a prioridade seja você mesma. E, para isso, elas dizem: é importante fazer terapia e buscar o autoconhecimento. "A gente não pode ser figurante na história de outra pessoa", diz Marcela.
Juvi vai além: "se moldar para caber no sonho de outra pessoa é o caminho da ruína. Cuidar da própria mente através de terapia e das amizades, é uma maneira da gente se escutar e entrar em contato com os nossos próprios sonhos e desejos".
Para Maria, se moldar às outras pessoas tem um limite. "Tentar caber no outro, seja trabalho, amor ou família, é uma luta com data de validade. A gente não aguenta por muito tempo ser o que não é", afirma.
Elas concordam que a pressão pelo amor romântico pode afastar as mulheres de si mesmas. "A busca por amor silencia a nossa intuição", diz Marcela. Juvi complementa: "a gente tem que buscar o amor em todas as nossas relações, seja na amizade, nas possibilidades de afeto e respeito dentro do nosso trabalho e de uma consciência de classe."
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