Universa Talks: 'Adolescência é doutorado da maternidade', diz Mari Kupfer

Mariana Kupfer alimentou o desejo da maternidade desde que se entende por gente. Quando pôde realizá-lo, decidiu que encararia essa jornada sozinha e se tornou mãe de produção independente, engravidando por inseminação artificial, sem um parceiro. Hoje ela enfrenta o que considera ser o mais difícil: sua filha Victória, de 14 anos, agora é uma adolescente.

Mariana é apresentadora do programa "Amar + Materna" e estará no Universa Talks 2025 para falar dos desafios que marcam essa fase do crescimento dos filhos. O evento acontecerá no dia 17 de maio, às 14h, em São Paulo, com talks de Tati Bernardi, Maria Ribeiro, Vanessa Rozan, Titi Muller, Mari Moon, Cris Guterres, Cris Fibe e convidadas especiais.

Eu falo que a adolescência é o doutorado da maternidade. E é muito cheia de desafios, porque eles estão lidando com o luto da própria infância, estão se descobrindo.Mariana Kupfer

Testando limites

Mariana Kupfer e sua filha Victória
Mariana Kupfer e sua filha Victória Imagem: Instagram

Este ano, Victória completa 15 anos, e até agora a adolescência tem sido como manda a regra: cheia de desafios, uma montanha-russa de sentimentos e novas sensações. Para Mariana, essa fase é mais um jeito de provar que na maternidade a mãe não tem controle de nada.

"A nossa relação passou por momentos muito difíceis, ela testou meus limites, e agora a gente está numa fase ótima. A maternidade sempre vai te desafiar. Quando você entende isso, e consegue ter uma troca com sua filha ou com seu filho, com escuta, paciência, se interessar pelos interesses dele e respeitar o tempo dele, acho que as coisas fluem", afirma.

Foi nesse passo que Mariana construiu uma relação de amizade e boas trocas com Victória. "Eu sou a melhor amiga da minha filha. Eu sempre quero que ela pense 'fiz merda, é para minha mãe que eu vou falar'. A gente tem uma simbiose muito forte", conta.

Quando o assunto é a relação da filha com a internet, Mariana diz que preferiu não estabelecer limite de tempo enquanto a filha tirar notas boas na escola e garantir um bom comportamento. Nas redes, principalmente no TikTok, Victória gosta de consumir conteúdos sobre maquiagem e beleza no geral. "Ela é boa aluna, faz esporte, é educada. Então resolvi escolher as minhas batalhas", afirma.

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Para construir uma boa relação com a filha, Mariana diz que, ao menos na adolescência, não foi possível navegar nesse barco sozinha. Mãe e filha fazem terapia e ainda contam com o aconselhamento da educadora parental Claudia Alaminos, que tem um episódio próprio no 'Amar+Materna'.

"E se eu pudesse dar uma dica para as outras mães, seria: peçam ajuda para navegar essa fase, seja com um parceiro, uma amiga ou uma psicóloga. Na adolescência, a gente não consegue fazer isso sem ajuda", destaca Mariana.

Mariana Kupfer e sua filha Victória
Mariana Kupfer e sua filha Victória Imagem: Instagram

Uma família diferente

A história de que Victória nasceu depois que a mãe engoliu uma sementinha do amor deu certo até quando ela tinha uns três anos. Depois disso, Mariana precisou elaborar melhor o modelo de família para a filha.

"Comecei a explicar os modelos familiares para minha filha e ela entendeu que a nossa era diferente", conta.

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O papo da sementinha também abriu caminho para outro tipo de conversa: afinal, como as mulheres engravidam? Mariana diz que quando Victória estava com 10 anos, preferiu explicar o processo biológico sem rodeios.

"Falei que o nenenzinho morava em um saco gestacional na barriga da mãe. Na época não usei as palavras 'doador de sêmen', mas falei que os médicos da clínica colocaram um líquido numa seringa e, então, esse líquido morou no saco gestacional da mamãe e veio ela", afirma.

Agora, na adolescência, Mariana diz que a filha começou a levantar questões sobre sua paternidade, mas a apresentadora garante que não é nada que seja capaz de tirar o seu sono com preocupações.

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