'Minha filha tem doença rara que faz sua pele ficar salgada. Ela exala sal'

Alessandra Oliveira fala sobre a jornada de luta e resiliência que enfrenta desde que a filha Lorenna foi diagnosticada com uma doença rara. A história foi contada durante o novo episódio de 'Amar + Materna', programa apresentado por Mariana Kupfer, que vai ao ar toda segunda-feira no YouTube de Universa e toda sexta às 20h no Canal UOL.

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Sua gravidez ocorreu normal, sem nenhuma intercorrência durante o parto e a filha nasceu dentro do esperado, em dezembro de 2023. Mas Alessandra é mãe de outras duas meninas, Isabele, de 18 anos, e Valentina, de 9, e sua experiência acendeu um alerta de que havia algo de errado acontecendo com Lorenna.

"Nos primeiros dias ela chorava muito, não conseguia mamar direito, e eu senti uma coisa estranha principalmente pelo choro", lembra.

A equipe médica fez exames e constatou que Lorenna estava com um desequilíbrio eletrolítico, uma condição que ocorre quando há uma falta ou excesso de minerais no corpo, como sódio e potássio.

Alessandra recebeu alta poucos dias após o parto, mas a filha segue internada desde então, há mais de um ano.

Desabei. Eu já estava planejando uma vida normal igual foi com as outras crianças, mas isso não aconteceu. O maior medo era que a qualquer momento a gente pudesse perdê-la.Alessandra Oliveira

Lorenna foi transferida para um hospital especializado em nefrologia para que especialistas pudessem acompanhar o seu caso. Só três meses depois chegou a confirmação do diagnóstico: pseudo-hipoaldosteronismo tipo 1, um grupo de doenças hereditárias raras que faz os rins reterem muito potássio, mas excretar muito sódio e água, levando à hipertensão.

No caso de Lorenna, ela tem o tipo sistêmico, que não tem cura e vai acompanhá-la para o resto da vida. "É uma condição que leva à desidratação grave, com perda de bicarbonato e sódio com muita facilidade pela pele, pela saliva e pela urina. A pele dela é salgada porque ela exala sal", explica Alessandra.

Ela está em tratamento, mas sua condição é considerada estabilizada. Alessandra conta que o medicamento usado para regular o potássio custa cerca de R$ 2.400. Lorenna também precisa de uma sonda gastrojejunal para se alimentar até os 9 anos de idade.

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A menina já teve indicação de alta desde novembro do ano passado, mas os pais enfrentam dificuldade para levá-la para casa, já que o convênio se recusa a disponibilizar uma equipe de home care.

Lorenna já está andando e a expectativa é de que sua condição comece a melhorar a partir da segunda infância, período entre 3 e 6 anos de idade. "A maior lição é que a gente não sabe o dia de amanhã", afirma Alessandra.

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