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'Minha filha de oito anos cuidou de mim depois que o irmão dela morreu'

'Amar + Materna', é o programa apresentado por Mariana Kupfer que vai ao ar toda segunda-feira no YouTube de Universa e toda sexta às 20h no Canal UOL. No episódio desta semana, Laine Tronco fala sobre o luto que enfrentou após a morte do seu filho caçula, na época com 4 anos, e de como o apoio da filha Helena, de 10 anos, foi importante para sua recuperação.

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Enrico morreu após ficar três dias internado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) com um pneumonia grave, que nenhum antibiótico conseguiu combater. "Foi desesperador. Quando meu marido veio com a notícia, eu disse que ia cremar o Enrico e que ele ia ficar comigo", lembra Laine.

Na época, Helena tinha 8 anos e recebeu a notícia junto com a mãe. À sua maneira, tentou entender o que havia acontecido e consolar a família. "Ela amadureceu demais, tem outra visão da vida. Ela ficou com muito medo", conta Laine.

Durante os primeiros meses de luto, a família mergulhou em uma grande tristeza e Laine pensou em abandonar sua confeitaria, mesmo com os negócios indo bem.

"No começo foi bem difícil, eu acredito que a Helena tenha me perdido como mãe também, no primeiro ano foi terrível pra ela. Ela perdeu o pai, a mãe e o irmão, porque a gente ficou muito ausente psicologicamente, foi muito difícil", afirma.

Com o apoio do padre que esteve presente no velório de Enrico, Laine encontrou um novo sentido no seu trabalho na confeitaria.

"Eu quero levar doçura para a mesa das pessoas, mas eu quero levar Deus para elas. Eu vi que o meu propósito naquele lugar era isso. As pessoas também vão lá para me ouvir", afirma.

Foi a partir desse entendimento que seu relacionamento com Helena também melhorou e ela entendeu como a presença da filha era fundamental para superar a tristeza pela perda do seu caçula.

"Conforme fui ficando mais íntima de Deus, Ele foi me dando caminho para ficar mais íntima da Helena. Porque eu pedia, via que ela estava muito carente. Ao invés de eu cuidar da Helena, ela que cuida de mim de uma maneira extraordinária", conta Laine.

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Ainda hoje Helena se mantém como um grande suporte para a mãe. "O que a maternidade me trouxe foi resiliência. Com a frase 'nasce uma mãe, nasce uma culpa', eu aprendi que a gente faz o melhor", afirma Laine.

Opinião

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