Traição dá sinais? Especialistas dizem que sim e dão pistas para descobrir

Traição costuma ser um dos grandes problemas conjugais, sobretudo nas relações mais longas e comprometidas. Mas será que, mesmo feita às escondidas, a traição não deixa mesmo alguns rastros? Segundo especialistas em relacionamento, a infidelidade costuma, sim, deixar alguns sinais, principalmente comportamentais.

Esconder o celular - ou entrar em desespero quando o par chega perto do aparelho -, não postar fotos com o cônjuge nas redes sociais, ficar acordado até de madrugada, não tratar o outro com carinho e mudar comportamentos até então habituais são alguns dos indicadores de adultério.

Apesar de haver a possibilidade de esses indícios serem apenas coincidência, costumam ser vistos como sinais universais quando o assunto é traição - ou seja, podem denunciar uma infidelidade na relação conjugal.

As mudanças de conduta costumam ser evidentes. Entre elas, a atenção se vestir melhor, buscar novos acessórios (incluindo perfumes), ir à academia quando não havia costume, buscar um novo assunto pelo qual não se interessava, estar mais distante e distraído, além de chegar mais tarde em casa.

Os motivos para trair são inúmeros, mas convergem a um ponto específico: o insucesso matrimonial. Afinal, se há um relacionamento amoroso e passional, não restam motivações para a infidelidade.

Outro motivo é a falta de tesão no parceiro.

Conversar é passo importante

Ao se desconfiar de uma possível traição, o primeiro passo é ter um papo sério com o par, o que tende a ser um momento decisivo para o futuro do relacionamento.

Essa conversa poderá ser o ponto de início de cura para uma relação desgastada e frágil. E caso se trate, de fato, de uma traição, o diálogo poderá ser o ponto de início de uma restauração.

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Se a infidelidade for confessada, confirmada ou descoberta, o ideal é pôr a mente nos eixos antes de tomar qualquer atitude. De cabeça fria, é a hora do bom e velho diálogo, sem agressões mútuas e com a consciência de que há um assunto extenso e com muitas variáveis a ser conversado.

Expor os porquês pode auxiliar até mesmo para se ter um término mais ameno. Toda relação deve ser nutrida, caso contrário não há sobrevivência íntima. Assim, ao avaliar as causas, é necessário entender também que, em relações saudáveis, não há traição.

Autoestima ferida

Não existe fórmula mágica quando o assunto envolve emoções - logo, cada um deve reagir à própria maneira se for traído. Entretanto, observa-se que a autoestima pode ser gravemente ferida, afinal, a pessoa desenvolve o sentimento de não ser boa para o par.

Ajudar a mulher a compreender como ela se sente em relação a si mesma e ensiná-la como explorar o próprio corpo para entender o seu prazer individual traz à tona o empoderamento.

Segunda chance, às vezes, existe

Por mais que exista a intenção de retomar a relação antes das traições, nem sempre isso é possível. Um dos grandes problemas é a recém-adquirida falta de confiança, a dificuldade de restabelecer a convicção no outro, em acreditar nele após o adultério.

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Se a vontade de superar for maior do que tudo, ambos devem assumir sua parte de responsabilidade e, a partir desse reconhecimento, começar um processo de restauração do relacionamento.

Fontes: Mônica Fernandes, terapeuta de casal; Alexander Bez, psicólogo; Júlia Franco, sexóloga

*Com reportagem de 2022

1 comentário

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Jose Renato de Oliveira Silva

Evidentemente, vale para homens e mulheres 

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