Sozinha ou acompanhada: saiba como sentir prazer sem penetração

O prazer feminino vai muito além da penetração e, cada vez mais, mulheres estão descobrindo novas formas de explorar o próprio corpo e alcançar o orgasmo sem seguir um roteiro tradicional. Em diferentes fases da vida — após o parto, em momentos de cansaço extremo ou simplesmente por preferência —, a busca por prazer pode (e deve) ser adaptada às necessidades e desejos de cada uma.

A cultura popular muitas vezes reforçou a ideia de que o sexo só é completo quando envolve penetração, mas isso não poderia estar mais distante da realidade. O orgasmo feminino é, na maioria das vezes, resultado da estimulação do clitóris e existem diversas formas de alcançá-lo sem precisar da penetração vaginal. Além disso, práticas como toques suaves, massagens, jogos sensoriais e até mesmo novas formas de conexão com o parceiro podem transformar a experiência sexual em algo ainda mais prazeroso.

Como chegar ao orgasmo sem penetração

A maioria das mulheres atinge o clímax através da estimulação clitoriana, não após penetração. Isso porque o clitóris tem muitas terminações nervosas e, portanto, é extremamente sensível e excitável, favorecendo o orgasmo feminino. Fora que essa estimulação, feita pela própria mulher ou por outra pessoa, convida a um maior conhecimento do próprio corpo.

As carícias precisam ir muito além do clitóris. Quando se fala de masturbação, falamos tanto da região clitoriana quanto do canal vaginal. O clitóris é uma região bem extensa; não é só aquele pontinho que enxergamos, tem a parte interna também. A mulher precisa procurar a parte mais sensível para ela: as laterais, entre os pequenos ou grandes lábios ou a ponta.

Ajudinha extra

Também é possível contar com a ajuda de um vibrador ou sugador de clitóris, itens cada vez mais citados em rodas de conversas entre anônimas e famosas. E não precisa concentrar tudo no clitóris. O corpo tem outros pontos de sensibilidade como cotovelos, parte interna das coxas e vãos entre os dedos.

Para quem gosta de jogos, o BDSM conta com uma vasta gama práticas que, em grande parte das vezes, não tem nada a ver com penetração. Algemas, separador de pernas, vendas nos olhos e chicotes são alguns dos itens necessários, mas dá para improvisar com lenços e echarpes. O sucesso dos livros da série "50 Tons de Cinza" prova que muita gente acha a prática bem excitante.

Chave do prazer

Em um relacionamento ou sozinha, o fundamental é estar em sintonia com seu próprio corpo e desejos. O prazer feminino não precisa seguir um único caminho, e cada mulher pode (e deve) descobrir o que lhe dá mais satisfação.

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A comunicação é a pílula mágica para uma vida sexual mais prazerosa, seja antes de engravidar, durante ou em qualquer outra fase. Não ter medo de expressar o que o corpo deseja é essencial para explorar novas formas de prazer. Afinal, a sexualidade feminina é vasta e cheia de possibilidades —e a melhor parte é que a exploração desse universo pode ser tão excitante quanto o próprio orgasmo.

Fontes: Ana Canosa, sexóloga; Ana Gehring, fisioterapeuta pélvica; e Débora Pádua, sexóloga

*Com matéria publicada em 20/11/2021

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