Ponto Y: o que você precisa saber sobre ponto erógeno no fundo da vagina
Volta e meia são descobertos novos locais de prazer na anatomia feminina. Ainda pouco divulgada, a existência do ponto Y é bastante controversa e, até o momento, não foi comprovada cientificamente.
O ponto no interior da vagina mais conhecido e falado é o ponto G, que nem sempre é reconhecido facilmente. O ginecologista alemão Ernst Gräffenberg (1881-1957), autor do estudo original que resultou no nome ponto G, na metade do século 20, descreveu outros 50 pontos no interior da vagina favoráveis ao prazer sexual e facilitadores do orgasmo.
Nos últimos 70 anos, não houve estudos conclusivos sobre outras áreas semelhantes. No entanto, a região correspondente ao polêmico ponto Y é, na opinião de especialistas, digna de ser explorada —com os devidos cuidados, vale ressaltar.
Em teoria, trata-se de uma zona no fundo da vagina, entre o colo do útero e a bexiga. Não se trata de uma estrutura palpável ou de um órgão específico, tampouco apresenta alteração da textura. Ao ser estimulada, essa região pode ter sua lubrificação aumentada e levar a orgasmos.
É uma área com abundante vascularização e inervação, o que explica sua alta sensibilidade. A melhor posição para a ativação dessa zona é quando a mulher está em cima do parceiro, preferencialmente fazendo movimentos circulares. Na masturbação é uma região de difícil acesso com as mãos, por ser muito profunda, mas com a ajuda de vibradores e estimuladores pode-se descobrir o potencial da área.
Cuidado: frágil
É necessário, como já adiantamos, certos cuidados nessa exploração, pois algumas posições ou técnicas podem incomodar a mulher ao "cutucarem" o colo do útero, uma parte bem vulnerável.
Ao tentar posições específicas que atinjam o fundo da vagina, há o risco de dor. Isso porque o pênis pode mobilizar o útero e algumas mulheres sentirão desconforto quando isso acontecer. Além disso, ao ficar procurando a região insistentemente, a mulher pode deixar de se concentrar em ter prazer e com isso, sua lubrificação diminuir, o que causará incômodo ou lesões. O mesmo vale para vibradores ou brinquedos muito robustos e/ou longos.
Entretanto, é importante considerar que existem muitas variações anatômicas entre as pessoas. O que é prazeroso para uma, não necessariamente é para outra. É muito mais fácil se satisfazer sexualmente se tocando em todas as regiões e descobrindo quais são as que mais agradam, focando apenas no prazer, do que desenvolver uma obsessão com pontos e letras que podem apenas causar ansiedade e frustração.
Fontes: Johnata Dacal de Paula, ginecologista; Nelly Kim Kobayashi, ginecologista e sexóloga; e Oswaldo Martins Rodrigues Jr., psicólogo e terapeuta sexual
*Com matéria publicada em 02/02/2019
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