Prefeito goiano procurado após tiros na casa da ex não tinha porte de armas
O prefeito de Iporá (GO), Naçoitan Araújo Leite, foragido por suspeita de invadir e atirar na casa da ex, não tinha autorização para portar arma, segundo a polícia.
O que aconteceu
A arma usada por ele ainda não foi encontrada pela polícia, informou o delegado responsável pelo caso, Ramon Queiroz.
Mandados de busca foram cumpridos na fazenda do prefeito em Iporá (GO) hoje. Um mandado de prisão por tentativa de feminicídio e outro por tentativa de homicídio foram emitidos. Ele ainda é considerado procurado pela polícia.
O aparelho de DVR da casa da vítima, que armazena imagens de câmeras de segurança, foi roubado no sábado, horas depois do crime, informou a polícia.
Câmeras de segurança da rua da vítima gravaram o momento em que um homem em um carro antigo leva o aparelho do local.
A polícia investiga se o carro encontrado na fazenda do prefeito seria o mesmo usado no furto do DVR da casa da vítima. O responsável pelo furto pode ser indiciado por atrapalhar as investigações.
O delegado responsável pelo caso disse que nenhum membro da defesa de Naçoitan procurou a polícia até o momento. A reportagem ainda não conseguiu contato com advogados do prefeito. O espaço segue aberto para manifestação.
A prefeitura de Iporá disse que não se pronunciaria sobre o caso.
Moisés Magalhães (Republicanos), vereador de Iporá, protocolou nesta segunda-feira (20) o pedido de impeachment do prefeito da cidade.
Relembre o caso
Naçoitan Araújo Leite (sem partido) destruiu o portão da casa de sua ex-companheira com sua caminhonete e disparou dentro do local. Os dois estavam separados havia cerca de dois meses.
A ex-mulher de Leite estava com o namorado dentro da casa invadida.
O casal se trancou dentro do quarto ao ouvir barulho do choque do veículo contra o portão.
O prefeito tentou invadir o quarto, mas não conseguiu. Disparou 15 tiros contra a porta e depois fugiu.
A Prefeitura de Iporá disse que não se pronunciaria sobre o assunto.
Em caso de violência, denuncie
Ao presenciar um episódio de agressão contra mulheres, ligue para 190 e denuncie. Casos de violência doméstica são, na maior parte das vezes, cometidos por parceiros ou ex-companheiros das mulheres, mas a Lei Maria da Penha também pode ser aplicada em agressões cometidas por familiares.
Também é possível realizar denúncias pelo número 180 — Central de Atendimento à Mulher — e pelo Disque 100, que apura violações aos direitos humanos.
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