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Mulher dá à luz na Argentina e descobre que filho não é biológico

Família só percebeu erro médico após ver documentos sanguíneos da criança  - Freepik
Família só percebeu erro médico após ver documentos sanguíneos da criança Imagem: Freepik

Do UOL, em São Paulo

31/01/2023 17h44Atualizada em 31/01/2023 17h44

Uma mãe na Argentina descobriu que o filho que tinha dado à luz não era biologicamente dela. O caso ocorreu em San Isidro, cerca de 27 km de Buenos Aires. A criança é o terceiro filho dela e foi gestada após ela ter realizado fertilização in vitro com o marido, sem recorrer à doação de óvulos ou espermas de terceiros.

Segundo o jornal argentino La Nación, a descoberta ocorreu no momento em que o casal saía da clínica. O pai do bebê percebeu que, nos documentos dele, constava um grupo sanguíneo que não era compatível com o deles. Um novo exame de sangue foi realizado, mas o resultado persistia na incompatibilidade.

Diante da dúvida, um médico recomendou que a família realizasse um teste de DNA. Foi aí então que o casal descobriu que não eram pais biológicos da criança.

O casal denunciou a clínica às autoridades e um inquérito foi aberto para apurar se houve crime de ocultação de identidade, fraude e lesão corporal. A Polícia Federal argentina também foi ao local para obter histórico médico e informações sobre o instituto de fertilidade.

À publicação, os investigadores identificaram que o óvulo que deu origem ao embrião teria sido doado. Agora, eles buscam identificar quem é o pai biológico entre um pequeno grupo de clientes da clínica.

As autoridades também informaram que o embrião que pertencia ao casal se revelou impróprio para implantação. Isso descartaria a possibilidade de que tivesse ocorrido uma troca de embriões e, consequentemente, que uma criança biológica do casal tivesse nascido.

Vadim Mischanchuk, advogado da clínica, disse ao jornal que não se sabe onde ocorreu o erro do processo de fertilização. "O protocolo foi revisto cem vezes e não foi encontrado onde poderia ter ocorrido essa situação", disse ele.

Ainda de acordo com a publicação, a Justiça concluiu que houve erro no tratamento médico sem dolo e, portanto, não se configuraram crimes relacionados a fraude.

Este foi o primeiro caso desta natureza que se conhece que tenha ocorrido na Argentina.