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Inferno astral, virar o ascendente aos 30: desmistifique polêmicas astrais

A astróloga Sara Koimbra desmistifica polêmicas da astrologia - Ekaterina Bolovtsova/Unsplash
A astróloga Sara Koimbra desmistifica polêmicas da astrologia Imagem: Ekaterina Bolovtsova/Unsplash

Camila Eiroa

Colaboração para Universa

11/08/2022 04h00

Inferno astral existe? Seu signo complementar vai ser o seu melhor amante? Dentre as maravilhas astrológicas que promovem o autoconhecimento, há muitos mitos que podem atrapalhar a forma como os astros são interpretados. Afinal, para entender de maneira fiel a influência da astrologia em nossas vidas, é preciso compreender seus fenômenos e trânsitos.

Abaixo, a astróloga Sara Koimbra desmistifica polêmicas da astrologia e explica o que há por trás dessas crenças.

Inferno astral existe?

O termo inferno astral diz respeito aos 30 dias que antecedem nosso aniversário. Porém, não necessariamente será um período desafiador. Ele representa a queda do ciclo que estávamos vivendo para a chegada de um novo momento de vida.

O termo mais correto é inverno astral, pois esse é um período de recolhimento e reflexão, importante para que possamos compreender todo o processo que vivemos nos últimos 12 meses. Se insistirmos em ir contra esse movimento, podemos passar por situações desafiadoras, o que cunha o termo inferno astral.

Portanto, para evitar passar por conflitos no mês que antecede seu aniversário, o melhor a se fazer é cuidar da sua energia, agradecer o ciclo que está terminando e buscar descansar!

O signo complementar representa o par romântico ideal?

O signo complementar é aquele que se encontra no grau oposto ao signo de referência e, por possuírem características diferentes um do outro, é como se fossem mestres, contribuindo para a harmonia e equilíbrio um do outro.

Isso não quer dizer que o melhor relacionamento vai acontecer entre esses dois signos, afinal, por serem opostos, acabam trazendo à tona o que precisa ser olhado e trabalhado e nem sempre isso ocorre de maneira tranquila.

Viramos o ascendente depois dos 30?

Muita gente acredita que nos tornamos nosso ascendente após os 30 anos. Porém, não é verdade. Afinal, todos os aspectos no mapa contribuem de forma diferente na nossa vida e o nosso signo solar não sobrepõe o ascendente e vice-versa. O Sol representa nossa essência, quem realmente somos por dentro, enquanto o ascendente representa nossa personalidade, a maneira como nos mostramos ao mundo.

A história de que nos tornamos nosso ascendente após os 30 anos vem do fenômeno chamado retorno de Saturno, que nada mais é do que quando o astro completa uma volta inteira ao redor do mapa astral.

A passagem de Saturno por todos os signos do nosso mapa nos traz amadurecimento e ativa em nós a responsabilidade de nos expressarmos de acordo com nossa identidade. Por isso que, na realidade, após os 30 anos temos mais coragem de ser nós mesmos e viver de acordo com o que faz sentido para nós.

Preciso temer o Retorno de Saturno?

Não é preciso temer o retorno de Saturno, pois ele contribui para o nosso amadurecimento e nos ajuda a viver de acordo com nossos princípios e valores, além de nos mostrar nossas limitações. O fenômeno acontece quando o astro retorna ao ponto exato em que estava no momento de nosso nascimento, um ciclo leva em torno de 29 anos para acontecer.

Saturno está associado à figura paterna, por isso nos cobra uma postura mais rígida frente às situações que a vida nos oferece. Isso pode simbolizar momentos desafiadores, já que o planeta traz responsabilidade para lidarmos com nossas questões pessoais.

Se soubermos aproveitar sua energia, nos tornamos mais organizados, disciplinados e preparados para enfrentar nosso processo de evolução.

Preciso ter pavor de Mercúrio retrógrado?

Não precisa temer esse fenômeno astrológico, pois apesar de ser um período mais desafiador, ele nos ajuda a desacelerar e perceber o que precisa ser ajustado na nossa vida e nos nossos projetos pessoais.

Na astrologia, Mercúrio representa nossa comunicação, nossos pensamentos e também os meios de transporte, por isso, quando ele está no seu movimento retrógrado, os meios de comunicação tendem a falhar, nossos pensamentos ficam mais confusos e imprevistos acabam acontecendo com mais facilidade.

A melhor forma de passar por essa situação é buscar respeitar o momento para descansar, rever seus projetos, evitar comprar eletrônicos e assinar contratos importantes. Afinal, é um momento de reavaliar e não de fazer lançamentos ou tomar decisões muito importantes.

Quem é de Peixes está na última encarnação?

Peixes é o signo mais conectado com a espiritualidade. Além disso, por ser o 12° signo do zodíaco, carrega consigo um pouco de cada um dos signos anteriores. Ele também é extremamente sensível e tem facilidade de acessar a intuição. Porém, não dá para dizer que uma pessoa está em sua última encarnação somente por ser de Peixes.

Outros fatores astrológicos ajudam a analisar reencarnações e carmas, como conjunções planetárias na casa 12, que fala muito sobre a espiritualidade, e também o posicionamento do nodo norte, principalmente se estiver associado com Saturno, que fala muito sobre a lei do carma.

Posso descobrir o amor da minha vida lendo o mapa astral?

Através do mapa astral é possível compreender o relacionamento mais elevado para você, o que é buscado dentro de uma relação e que tipo de pessoa é mais compatível com você.

No entanto, isso não determina o amor da sua vida, pois a astrologia apenas aponta as possibilidades, as melhores oportunidades e os possíveis desafios.

Então, através do mapa astral não é possível descobrir o amor da sua vida, mas sim como se abrir para um relacionamento mais saudável de acordo com os posicionamentos planetários do seu mapa.

Os signos mudaram com a rotação da Terra?

As mudanças de rotação da Terra não influenciam diretamente nos signos, pois diferente da Astronomia que vê constelações, a Astrologia trabalha com signos, que não estão relacionados à posição das estrelas no céu e sim ao estudo das energias celestes que influenciam cada indivíduo.