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Polícia identifica suspeito e nega gravidez de mulher morta ao lado de bebê

Sandra Sousa, 34, foi encontrada morta, com sinais de esfaqueamento, ao lado da filha de 8 meses - Arquivo Pessoal
Sandra Sousa, 34, foi encontrada morta, com sinais de esfaqueamento, ao lado da filha de 8 meses Imagem: Arquivo Pessoal

Do UOL, em São Paulo

25/07/2022 21h08Atualizada em 25/07/2022 21h08

A Polícia Civil de São Paulo identificou um mexicano como suspeito de cometer feminicídio contra Sandra Maria de Sousa, 34, encontrada morta ao lado da filha, de oito meses, em um apartamento do bairro da Sé, no centro de São Paulo. Ele seria namorado da vítima, usaria um nome falso e teria cometido o crime na sexta-feira (22). O corpo de Sandra foi encontrado na tarde de ontem. Além disso, segundo a delegada que investiga o caso, um exame mostrou que Sandra não estava grávida.

De acordo com a delegada Vanessa Guimarães, da 1ª Delegacia Seccional do Centro, o pedido de prisão temporária do homem foi encaminhado para análise da Justiça nesta segunda-feira (25). Ele foi a última pessoa que saiu do apartamento antes de a vítima ser encontrada morta.

A Polícia Civil apurou que o suspeito tem até quatro identidades aqui no Brasil, que ele fazia uso delas para ludibriar vítimas. "Sandra acreditava que seu nome era Davi e que ele tinha nacionalidade colombiana", afirmou a delegada em entrevista ao UOL. "A gente recebeu informações da Polícia Federal de que ele responde por tráfico de drogas. Em razão deste crime, e por não ter sido encontrado o registro de entrada dele no Brasil, tinha sido iniciado um processo de extradição dele", completou.

A delegada também afirmou que, segundo laudo concluído pelo IML (Instituto Médico Legal), Sandra Maria fazia uso de um dispositivo contraceptivo e não estava grávida, como informado anteriormente por testemunhas à polícia.

O UOL tenta, até o momento sem sucesso, contato com o suspeito por seu nome de batismo e pelo nome que ele até então utilizava para se identificar para Sandra e seus conhecidos, para buscar um posicionamento sobre a acusação.

Relembre o caso

O corpo de Sandra foi encontrado na tarde de ontem em um apartamento na rua Tabatinguera, no bairro da Sé, em São Paulo. De acordo com a SSP (Secretaria de Segurança Pública), a bebê de 8 meses da vítima encontrava-se na residência no momento em que os policiais militares chegaram ao local, por volta das 16h30.

A criança estava em um berço ao lado do corpo e com sinais de desnutrição. Ela foi encaminhada ao pronto-socorro da Santa Casa de São Paulo e, segundo o Delegado Geral da Polícia Civil de São Paulo, Osvaldo Nico Gonçalves, recebeu alta na tarde de hoje e está sob cuidados de parentes de Sandra.

Informações da família à Polícia Militar dão conta de que Sandra Sousa estava sem fazer contato desde a noite de sexta-feira (22), permanecendo sem responder mensagens e ligações ao longo de sábado (23).

Ontem uma amiga decidiu ir ao apartamento e encontrou o corpo após acionar um chaveiro para abrir a fechadura. A vítima estava sobre a cama. A SSP não confirmou a provável causa da morte da cabeleireira, mas uma amiga relatou nas redes sociais que ela teria sido morta a facadas. A pasta informou que o corpo apresentava sinais de agressão física.

Segundo a SSP, a perícia foi ao local e recolheu um celular encontrado na cena do crime. O conteúdo do telefone será analisado. Imagens de monitoramento do prédio e de edifícios próximos também foram requisitadas pela investigação.

A ocorrência está registrada como feminicídio e violência doméstica na 1ª DDM (Delegacia Da Mulher), no Centro de São Paulo.