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Mulher denuncia ter sido espancada e é internada: 'Isso foi meu ex-marido'

Ive Dourado tem 35 anos - Reprodução/Instagram
Ive Dourado tem 35 anos Imagem: Reprodução/Instagram

Marcela Lemos

Colaboração para Universa, no Rio de Janeiro

04/05/2022 10h48Atualizada em 05/05/2022 09h35

A empreendedora Ive Dourado, 35, foi internada no CTI (Centro de Tratamento Intensivo) de um hospital no Rio de Janeiro com fraturas no crânio, no nariz e em outros ossos da face. Ela denunciou ter sido espancada na madrugada de segunda-feira (2) pelo ex-marido, conforme relatam também parentes e amigos de Ive.

A mulher chegou a gravar um vídeo após o ataque. Nas imagens, a empreendedora aparece com o rosto ensanguentado, pedindo ajuda a um parente no bairro de Anchieta, na zona norte do Rio, onde ela mora com a filha, de três anos. Na gravação, ela afirma que o ex-marido foi o responsável pelas agressões.

"Isso foi meu ex-marido. Me esperando chegar da rua, invadiu meu carro e meu espancou toda", relatou ofegante. As imagens não serão utilizadas na reportagem, para evitar a exposição da vítima.

Uma amiga da vítima que pediu para não ser identificada contou a Universa que Ive e Humberto estavam separados desde março e que ele não aceitava o fim do relacionamento. Ela não soube dizer se a vítima já havia sido agredida em outra ocasião ou se estava sendo ameaçada. Ela acredita que o crime foi premeditado.

"Ela foi brutalmente espancada por ele. Estava muito tarde quando ele apareceu e agrediu a Ive. Ele é morador aqui da região. Esse monstro precisa ser preso", afirmou a amiga.

Familiares da vítima denunciaram o caso nas redes sociais e disseram que o ex-marido, identificado como Humberto Azevedo, conhecido como Betinho, fugiu depois de cometer as agressões e ainda não foi encontrado.

"Ela [Ive] foi para o CTI e está muito machucada, teve algumas fraturas no crânio. Infelizmente o agressor continua solto. Cansei de ficar quieto, peço ajuda de vocês. Recebi mensagem pelo telefone da minha irmã que é a seguinte: 'Quando uma mulher sangra, todas sangram e eu preciso de vocês'", disse Allan Dourado, em stories publicados no Instagram da irmã.

O caso foi registrado na Delegacia de Ricardo de Albuquerque, na zona norte do Rio. Procurada, a Polícia Civil disse que instaurou um inquérito para apurar o caso. "Os agentes realizam diligências em busca de informações que ajudem a localizar o suspeito".

A delegacia solicitou à Justiça medidas protetivas para a vítima.

Em caso de violência, denuncie

Ao presenciar um episódio de agressão contra mulheres, ligue para 190 e denuncie.

Casos de violência doméstica são, na maior parte das vezes, cometidos por parceiros ou ex-companheiros das mulheres, mas a Lei Maria da Penha também pode ser aplicada em agressões cometidas por familiares.

Também é possível realizar denúncias pelo número 180 — Central de Atendimento à Mulher — e do Disque 100, que apura violações aos direitos humanos.

Há ainda o aplicativo Direitos Humanos Brasil e através da página da Ouvidoria Nacional de Diretos Humanos (ONDH) do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH). Vítimas de violência doméstica podem fazer a denúncia em até seis meses.