Topo

Jessi, do BBB 22, sofre racismo na rede. Veja outros participantes atacados

Jessi, ex-participante do BBB, registrou ataque racistas em suas redes sociais  - Reprodução/Instagram
Jessi, ex-participante do BBB, registrou ataque racistas em suas redes sociais Imagem: Reprodução/Instagram

Rafaela Polo

De Universa, São Paulo

01/05/2022 15h16

A semana terminou com registro de mais casos de racismo. Além dos ataques durante os jogos da Libertadores contra jogadores de times brasileiros na última rodada do campeonato, os administradores das redes sociais dos participantes do BBB 22 continuam contabilizando comentários preconceituosos e com cunho de ódio nas redes sociais.

No sábado (30), a professora Jessi usou os stories do Instagram para denunciar racismo. "Além de comentários ofensivos, eu também estou recebendo ataques racistas e discurso de ódio (...) O nosso jurídico está sendo acionado porque isso passa a ser crime. E se é crime, temos que levar para outro lugar. Continuo não lendo e não acompanhando, mas meus administradores estão e todas as pessoas serão responsabilizadas", disse em sua rede social.

Racismo é crime e acontece quando há uma discriminação generalizada contra um coletivo de pessoas: quando um determinado grupo é impedido de acessar certos lugares por conta de sua raça, etnia ou religião; ou quando alguém xinga um grupo de pessoas com base nestas características. A pena é de prisão e pode ser de um a cinco anos, dependendo da gravidade do caso. O crime é inafiançável e imprescritível: no caso de quem é condenado, não é possível pagar fiança; para a vítima, não há prazo para denunciar o crime.

Já injúria, a definição é um pouco diferente. Esse crime afeta a dignidade da pessoa, e não da coletividade. A pena é de um a três anos de prisão, além de multa.

Outros casos na edição

Jessi não foi a única participante que sofreu ataques de cunho racista. A equipe de Natália Deodato, que é uma mulher negra e que tem vitiligo, fez denúncias à polícia enquanto ela ainda estava dentro da casa.

De acordo com uma apuração de Splash, a equipe da BBB registrou boletim de ocorrência em Belo Horizonte, na 4ª Delegacia de Polícia Civil, no bairro Floresta. Nas mensagens, ofensas como "dálmata", "manchada" e "cabelo duro".

Com Lina, outra mulher negra, que também é trans, não foi diferente. Em entrevista a Universa, a comunicadora Ana Flor, mestranda em Educação na USP (Universidade de São Paulo), uma das travestis frente às redes da artista durante seu confinamento, falou que também registrou um BO contra racismo e transfobia.

Registramos boletim de ocorrência algumas vezes, mas acreditamos que é mais interessante esperar a Lina sair do 'BBB' para saber quais casos terão continuidade e quais ficarão só no boletim de ocorrência.

Até mesmo fotos da época em que Lina teve um câncer foram usadas para comentários maldosos.

Gabriela, irmã de Maria, também defendeu a sister de ataques racistas que a cantora e atriz sofreu durante seu confinamento. Ainda em janeiro, pelos stories, ela se manifestou sobre todos os ocorridos. "Hoje eu li diversos textos extremamente racistas em relação a minha irmã Maria. Isso me choca bastante. Vocês precisam urgentemente parar de endeusar os outros. A internet está extremamente doente", escreveu na publicação.