Natal entre casais: ceia com a minha família, com a sua ou separados?
Final do ano é a época em que a pergunta "o que você vai fazer no final de semana?" é substituída por "quais são seus planos para o Natal? E para o Ano Novo?". Para muitos casais, inclusive, o tema pode gerar discussões, conflitos e um clima tenso que não combina com as celebrações.
Agora, com a vacinação em massa e a redução nos casos da covid-19, alguns casais voltaram a enfrentar o dilema de com que família passar a noite da ceia do Natal, que acontece no dia 24 de dezembro.
"O importante é tomar a decisão através de conversa e diálogo, até para saber se alguma família tem mais tradição do que a outra", orienta Gabriela Menezes, psicóloga comportamental. "Não existe regra, o que pode haver é uma concordância entre o casal", analisa.
Universa conversou com dois casais para saber como eles chegaram à decisão de onde passar a ceia de Natal. Confira:
Natal com uma família, Ano Novo com outra
Este é o primeiro Natal dos namorados Juliana Gomes, de 27 anos, e Fábio Pasqualão, de 21. Os dois se conheceram através de um aplicativo de namoro durante a pandemia há pouco mais de dois meses e, para celebrar a noite do dia 24 de dezembro, eles fizeram um acordo.
"Como este é o primeiro natal que passo namorando, achei válido levantar a discussão. Foi um papo tranquilo, eu falei que precisávamos decidir o que faríamos no final de ano", comenta a auxiliar oftalmológica.
Foi o namorado dela quem encontrou uma saída para o dilema: "Ele sugeriu passar uma data com cada família, porque moramos em bairros distintos de São Paulo (ele é da Cidade Tiradentes, eu de Santo André) e não tem como passar com as duas". No final, o Natal será comemorado com a família de Juliana e o Ano Novo com a de Fábio.
Para Gabriela, encontrar uma alternativa de revezamento é uma das melhores soluções para o dilema. "Dá para combinar passar Natal com uma família, Ano Novo com outra. Ou um ano com uma, outro ano com outra, basta conversar".
Mas Juliana não abre mão de celebrar o período de festas junto com o namorado. "Eu me sentiria mal se a gente não passasse a data por perto. Acho que este é um momento para estar com quem a gente ama", diz a auxiliar.
Acordos e combinados
A produtora Maria Fernanda, de 28 anos, e o desenvolvedor Bruno Oliveira, de 27, também chegaram a um acordo de como, e onde, passar a ceia de Natal. Eles, que se conheceram pouco antes da pandemia de covid, em janeiro de 2020, vão para a segunda comemoração enquanto namorados.
"No primeiro ano de namoro, em 2020, eu fui para a casa dele no dia 24 de dezembro. Aproveitei a data para conhecer os pais dele, já que eu ainda não tinha os encontrado por causa da pandemia", relembra a produtora.
Porém, Maria Fernanda se arrependeu da decisão de passar a data longe da família. "Eu senti falta dos meus pais e comentei isso com ele. Ainda bem que ele foi compreensivo e, neste ano, decidimos que cada um vai passar o dia 24 na própria casa e dia 25 ele vem aqui aonde eu moro", explica.
"É claro que eu acho importante que a gente passe o Natal junto - e ele é quase da minha família. Mas, como eu sou super a favor de passarmos essa data perto dos nossos parentes, eu não queria que ele abrisse mão de passar a Ceia longe dos pais por minha culpa".
Tudo bem ter DR por causa disso?
Gabriela Menezes pontua que, como aconteceu com Bruno e Maria Fernanda, nem sempre o casal consegue passar a noite de Natal unido. "É normal que um parceiro queira passar o Natal com a família dele — justamente agora, que estamos há muito tempo sem comemorar a data próximo dos nossos parentes. Se não existe um meio termo, ninguém quer abrir mão, dá para fazer uma boa divisão. Vale lembrar que o Natal é uma comemoração mais 'família' do que 'de casal'. Isso não significa que o seu companheiro não te ama".
Em casos em que o dilema vira discussão, a psicóloga orienta: "Dá para evitar o conflito sendo franco e sincero". Ela avalia, contudo, que discutir o relacionamento não é necessariamente um problema. "Discutir a relação e ter diálogo com o parceiro é o mais importante de tudo. A gente tem uma má visão sobre 'DRs', mas realizadas de maneira tranquila, elas são saudáveis."
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